quarta-feira, 12 de maio de 2021

Carta aberta ao governo do Estado de São Paulo e aos deputados estaduais

 




ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE FILOSOFIA E 

FILÓSOFOS/AS DO ESTADO DE SÃO PAULO

 



Prezados/as senhores/as autoridades de nosso Estado

Por “lockdown”, auxílio emergencial estadual e vacinação para todos/as!

 

            A pandemia de COVID-19 atinge sua pior fase no Brasil, atingindo mais 422 mil brasileiros e brasileiras mortos pelo vírus no país. A média de mortes tem batido recordes diários e atinge o assustador número de quase três mil pessoas mortas por dia. Cientistas afirmam que a forma mais eficaz de conter a capilaridade do vírus é praticando o “lockdown”, ao mesmo tempo em que devemos avançar com urgência na aplicação das vacinas num maior número possível de pessoas, e com auxilio emergencial complementar pelo governo do Estado em parceria com as prefeituras para socorrer a população carente, desempregada e faminta.

            Em todo país, o sistema de saúde entrou em colapso. Faltam leitos hospitalares, oxigênio, anestésicos, profissionais da saúde e acolhimento humano aos familiares em agonia, sem notícias dos internados. Não há mais capacidade de atender todos os doentes e muitos já morreram sufocados aguardando no corredor da morte uma vaga na UTI! Além da falta de leitos nas enfermarias e UTIs, começam a faltar profissionais especializados no atendimento emergencial, faltam também medicamentos e insumos básicos, o que agrava ainda mais a situação. A vacinação em massa, que poderia estar salvando milhares de vidas, continua sofrendo com a falta de gestão eficiente e responsável do (des) governo genocida de Jair Bolsonaro e a politização, por João Dória, do combate à pandemia através do “Boitantan” e sua Butanvac. Precisamos de vacinas já e não promessas eleitoreiras, sejam dos governos estaduais como do federal.

            Dirigido por um presidente negacionista e genocida, o país vive uma crise econômica, social e política sem precedentes. Essa crise atinge todos os estados, em especial o Estado de São Paulo; e por ser o Estado mais rico da federação, com a maior rede hospitalar, é inconcebível um número tão alto de infectados e mortos a ponto de contratarem transportes de estudantes para transportar corpos de vítimas da Covid-19. A cena de enterros noturnos nos cemitérios é triste e assustadora!

            A situação da população mais pobre do Estado é ainda mais grave. Mas, mesmo diante da crise sanitária e social, o governador Dória decidiu fechar programas sociais que contribuíam como renda para população; confisca também os rendimentos dos funcionários públicos aposentados, além de outras mazelas características da gestão do PSDB em nosso Estado e no país. Não podemos aceitar a destruição de políticas de assistência, dos direitos trabalhistas conquistados com muita luta em nossa história, ainda mais quando a população enfrente essa terrível pandemia.

            O negacionismo, o desemprego e a falta de uma renda mínima são catalisadores de uma tragédia social e humanitária em curso. É preciso organizar urgentemente ações em nível estadual, regional e municipal, pois com a suspenção do auxílio emergencial em janeiro deste ano e a retomada parcial agora no valor R$250,00 não retira milhões de brasileiros e brasileiras da miséria profunda em que se encontram, cuja reações serão imprevisíveis e catastróficas. Será que o (des) governo Bolsonaro está querendo um motivo para decretar medidas de exceção? Sabemos que isso é totalmente inviável, mas sabemos também que Bolsonaro apostar no caos desde o início ao negar o tempo todo a gravidade da pandemia, ter atitudes irresponsáveis que agravaram a situação e medidas que não foram tomadas a tempo para impedir o quadro a que chegamos com o colapso do sistema de saúde público e privado.

            O novo "auxílio” em média de R$250,00 que o governo federal propôs e o Congresso aprovou está muito aquém de garantir as condições mínimas de sobrevivência, para que a maioria da população consiga se proteger do vírus enquanto se mantém em isolamento; mesmo porque essa mísera importância só começa a ser paga agora em abril, sendo que milhões de brasileiros - homens, mulheres, crianças, idosos – já se encontram abaixo da linha da pobreza há muito tempo e já passa fome. E as campanhas de combate à fome não irão resolver este sério problema, apenas minimizá-lo!

            Tal aplicação da necropolítica como parte desse necrocapitalismo da exploração e da morte é uma ação abjeta de governantes genocidas que naturalizam o estado de barbárie que estamos vivendo. Investir no atendimento à saúde e na proteção social é um direito dos contribuintes e uma obrigação do Estado. Concomitantemente, acompanhamos a Assembleia legislativa gastando em propaganda num momento em que se alega fundamentalmente a escassez de recursos orçamentários.  O Executivo, o Judiciário e os deputados/as, vereadores/as, vivem num mundo nababesco, ignorando as populações periféricas, patrocinando, num conluio hipócrita, essa matança infindável. Tirem suas nádegas das cadeiras a façam alguma coisa de positiva para a população que os elegeram!

            No tocante à educação, a última muralha ética em defesa da vida, educadores ensinam e aprendem com as condições adversas dos educadores e educandos. Infelizmente, temos uma persona non grata na educação que é o secretário Rossieli Soares o qual em plena pandemia debocha da vida e do sofrimento alheios na medida em que toma medidas que empurram educadores, educandos e comunidade no tétrico corredor da morte que vem se abrindo no Estado de são Paulo. Devemos desenvolver uma campanha urgente pelo “Fora Rossieli”, inimigo da vida e da educação em nosso Estado. Conclamamos os educadores/as, estudantes e comunidade escolar para não permitir que façam ainda mais da educação um laboratório da morte. Somos pela vida em primeiro Lugar.

            Pelo exemplo de Platão e Marx, não podemos nos dar o luxo de ficarmos inertes em nosso mundinho, presos no fundo de uma caverna de ilusões e falsas seguranças, indiferentes a tudo e a todos. Precisamos lutar, organizar para transformar o mundo que herdamos e deixaremos para os que virão.

 

São Paulo, 10 de maio de 2021.

 

 

DIRETORIA DA APROFFESP (2018 – 2021)

 

Associação dos/as Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo

 

Presidente: Lúcia Martins Peixoto - Caieiras, SP

Vice-Presidente: Anízio Batista de Oliveira - J. Maria Estela, São Paulo, SP.

Secretário: Valmir João Schmitt - Jaraguá - São Paulo, SP.

Primeiro Secretário: Alvira Soares Reis -  V. Santa Teresa - São Paulo, SP

Tesoureiro:  Sônia Maria de Almeida – J. Vergueiro, Saúde, SP.

Primeiro Tesoureiro: José de Jesus Costa – Osasco, SP.

Diretor de Comunicação e Propaganda: Jadir Antônio da Silva – V. Mariana, SP.

Diretor Adjunto de Comunicação e Propaganda:  Marcos R. Ferreira – J. Guarani, São Paulo, SP.

Diretor de Políticas Pedagógicas: Francisco P. Greter – Lapa, São Paulo, SP.

Diretor Adjunto de Políticas Pedagógicas:  Ivo Lima dos Santos – V. Continental, São Paulo, SP.

Diretor Articulador das Ciências Humanas e Currículo: Ronaldo Gomes Neves - Diadema, SP.

Diretor de Relações Sociais e Movimentos Sindical: Aldo J. dos Santos – S. Bernardo do Campo, SP.

Diretor Organizativo da Capital:  Ocimar Freitas - Suzano – SP

Diretora Organizativa da Grande São Paulo:  Lúcia Ap. Denardi, São Bernardo do Campo, SP.

Diretor Organizativo do Interior: Ademir Alves de Lima - São José dos Campos, SP.

Diretor Adjunto Organizador do Interior: Odair Salomão, São José do Rio Preto, SP.

Diretor de Relações Acadêmicas: Marcos da Silva e Silva - Santo André, SP.

Diretora Adjunta de Relações Acadêmicas: Luanda G. dos Santos Julião – Sacomã, São Paulo, SP.

 

 

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Carta aberta ao governo do Estado de São Paulo e aos deputados estaduais da ALESP

   ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE FILOSOFIA E 

FILÓSOFOS/AS DO ESTADO DE SÃO PAULO

 




Carta aberta ao governo do Estado de São Paulo

e aos deputados estaduais da ALESP


    Prezados/as senhores/as autoridades de nosso Estado

    Por “lockdown”, auxílio emergencial estadual e vacinação para todos/as!


    A pandemia de COVID-19 atinge sua pior fase no Brasil, atingindo mais 350 mil brasileiros e brasileiras mortos pelo vírus no país. A média de mortes tem batido recordes diários e atinge o assustador número de quase mais 4 mil pessoas mortas por dia. Cientistas afirmam que a forma mais eficaz de conter a capilaridade do vírus é praticando o “lockdown”, ao mesmo tempo em que devemos avançar com urgência na aplicação das vacinas num maior número possível de pessoas, e com auxilio emergencial complementar pelo governo do Estado em parceria com as prefeituras para socorrer a população carente, desempregada e faminta.

    Em todo país, o sistema de saúde entrou em colapso. Faltam leitos hospitalares, oxigênio, anestésicos, profissionais da saúde e acolhimento humano aos familiares em agonia, sem notícias dos internados. Não há mais capacidade de atender todos os doentes e muitos já morreram sufocados aguardando no corredor da morte uma vaga na UTI! Além da falta de leitos nas enfermarias e UTIs, começam a faltar profissionais especializados no atendimento emergencial, faltam também medicamentos e insumos básicos, o que agrava ainda mais a situação. A vacinação em massa, que poderia estar salvando milhares de vidas, continua sofrendo com a falta de gestão eficiente e responsável do (des) governo genocida de Jair Bolsonaro e a politização, por João Dória, do combate à pandemia através do “Boitantan” e sua Butanvac. Precisamos de vacinas já e não promessas eleitoreiras, sejam dos governos estaduais como do federal.

    Dirigido por um presidente negacionista e genocida, o país vive uma crise econômica, social e política sem precedentes. Essa crise atinge todos os estados, em especial o Estado de São Paulo; e por ser o Estado mais rico da federação, com a maior rede hospitalar, é inconcebível um número tão alto de infectados e mortos a ponto de contratarem transportes de estudantes para transportar corpos de vítimas da Covid-19. A cena de enterros noturnos nos cemitérios é triste e assustadora!

    A situação da população mais pobre do Estado é ainda mais grave. Mas, mesmo diante da crise sanitária e social, o governador Dória decidiu fechar programas sociais que contribuíam como renda para população; confisca também os rendimentos dos funcionários públicos aposentados, além de outras mazelas características da gestão do PSDB em nosso Estado e no país. Não podemos aceitar a destruição de políticas de assistência, dos direitos trabalhistas conquistados com muita luta em nossa história, ainda mais quando a população enfrente essa terrível pandemia.

    O negacionismo, o desemprego e a falta de uma renda mínima são catalisadores de uma tragédia social e humanitária em curso. É preciso organizar urgentemente ações em nível estadual, regional e municipal, pois com a suspenção do auxílio emergencial em janeiro deste ano e a retomada parcial agora no valor R$250,00 não retira milhões de brasileiros e brasileiras da miséria profunda em que se encontram, cuja reações serão imprevisíveis e catastróficas. Será que o (des) governo Bolsonaro está querendo um motivo para decretar medidas de exceção? Sabemos que isso é totalmente inviável, mas sabemos também que Bolsonaro apostar no caos desde o início ao negar o tempo todo a gravidade da pandemia, ter atitudes irresponsáveis que agravaram a situação e medidas que não foram tomadas a tempo para impedir o quadro a que chegamos com o colapso do sistema de saúde público e privado.

    O novo "auxílio” em média de R$250,00 que o governo federal propôs e o Congresso aprovou está muito aquém de garantir as condições mínimas de sobrevivência, para que a maioria da população consiga se proteger do vírus enquanto se mantém em isolamento; mesmo porque essa mísera importância só começa a ser paga agora em abril, sendo que milhões de brasileiros - homens, mulheres, crianças, idosos – já se encontram abaixo da linha da pobreza há muito tempo e já passa fome. E as campanhas de combate à fome não irão resolver este sério problema, apenas minimizá-lo!

    Tal aplicação da necropolítica como parte desse necrocapitalismo da exploração e da morte é uma ação abjeta de governantes genocidas que naturalizam o estado de barbárie que estamos vivendo. Investir no atendimento à saúde e na proteção social é um direito dos contribuintes e uma obrigação do Estado. Concomitantemente, acompanhamos a Assembleia legislativa gastando em propaganda num momento em que se alega fundamentalmente a escassez de recursos orçamentários. O Executivo, o Judiciário e os deputados/as, vereadores/as, vivem num mundo nababesco, ignorando as populações periféricas, patrocinando, num conluio hipócrita, essa matança infindável. Tirem suas nádegas das cadeiras a façam alguma coisa de positiva para a população que os elegeram!

    No tocante à educação, a última muralha ética em defesa da vida, educadores ensinam e aprendem com as condições adversas dos educadores e educandos. Infelizmente, temos uma persona non grata na educação que é o secretário Rossieli Soares o qual em plena pandemia debocha da vida e do sofrimento alheios na medida em que toma medidas que empurram educadores, educandos e comunidade no tétrico corredor da morte que vem se abrindo no Estado de são Paulo. Devemos desenvolver uma campanha urgente pelo “Fora Rossieli”, inimigo da vida e da educação em nosso Estado. Conclamamos os educadores/as, estudantes e comunidade escolar para não permitir que façam ainda mais da educação um laboratório da morte. Somos pela vida em primeiro Lugar.

    Pelo exemplo de Platão e Marx, não podemos nos dar o luxo de ficarmos inertes em nosso mundinho, presos no fundo de uma caverna de ilusões e falsas seguranças, indiferentes a tudo e a todos. Precisamos lutar, organizar para transformar o mundo que herdamos e deixaremos para os que virão.



São Paulo, 13 de abril de 2021.



DIRETORIA DA APROFFESP (2018 – 2021)

 

Associação dos/as Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo

Presidente: Lúcia Martins Peixoto - Caieiras, SP

Vice-Presidente: Anízio Batista de Oliveira - J. Maria Estela, São Paulo, SP.

Secretário: Valmir João Schmitt - Jaraguá - São Paulo, SP.

Primeiro Secretário: Alvira Soares Reis -  V. Santa Teresa - São Paulo, SP

Tesoureiro:  Sônia Maria de Almeida – J. Vergueiro, Saúde, SP.

Primeiro Tesoureiro: José de Jesus Costa – Osasco, SP.

Diretor de Comunicação e Propaganda: Jadir Antônio da Silva – V. Mariana, SP.

Diretor Adjunto de Comunicação e Propaganda:  Marcos R. Ferreira – J. Guarani, São Paulo, SP.

Diretor de Políticas Pedagógicas: Francisco P. Greter – Lapa, São Paulo, SP.

Diretor Adjunto de Políticas Pedagógicas:  Ivo Lima dos Santos – V. Continental, São Paulo, SP.

Diretor Articulador das Ciências Humanas e Currículo: Ronaldo Gomes Neves - Diadema, SP.

Diretor de Relações Sociais e Movimentos Sindical: Aldo J. dos Santos – S. Bernardo do Campo, SP.

Diretor Organizativo da Capital:  Ocimar Freitas - Suzano – SP

Diretora Organizativa da Grande São Paulo:  Lúcia Ap. Denardi, São Bernardo do Campo, SP.

Diretor Organizativo do Interior: Ademir Alves de Lima - São José dos Campos, SP.

Diretor Adjunto Organizador do Interior: Odair Salomão, São José do Rio Preto, SP.

Diretor de Relações Acadêmicas: Marcos da Silva e Silva - Santo André, SP.

Diretora Adjunta de Relações Acadêmicas: Luanda G. dos Santos Julião – Sacomã, São Paulo, SP.

 

 

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domingo, 20 de setembro de 2020

Repudiamos agressões aos professores e professoras: Bolsonaro agride professores em sua “live” diária!

Bolsonaro agride professores em sua “live” diária!


    O presidente Jair Bolsonaro, em sua "Live" de sexta-feira (18/09/2020), ataca os sindicatos dos professores/as e indiretamente fala que os/as professores não querem trabalhar, desconhecendo o funcionamento das entidades do magistério que democraticamente aprovam suas decisões em Assembleias soberanas. Ora, a maioria dos professores/as, bem como das famílias dos alunos, é contra a volta às aulas no atual estágio da pandemia do coronavírus no Brasil! Aliás, se o platô do contágio e das mortes tem permanecido num patamar elevadíssimo, com aproximadamente mil mortes diárias, colocando o Brasil em 2° lugar no ranking das mortes (com mais de 135.000 até ontem) entre todos os países do mundo, é justamente porque o governo federal e as atitudes negacionistas do próprio presidente têm dificultado o combate ao coronavírus; o Ministério da Saúde está no seu terceiro ministro, que foi efetivado nesta semana, tendo permanecido como interino durante três meses. E o que o senhor Pazuello fez durante esse tempo? Praticamente nada! Com Mandetta e Teich, Bolsonaro exigiu medidas contra as recomendações da OMS, como o uso da tal Cloroquina, atacava governadores e provocava aglomerações sem o uso de máscara. Ambos os ex-ministros não aceitaram essa medida e por isso o primeiro acabou demitido e o segundo pediu demissão depois de um mês no cargo; ambos eram médicos renomados. Já o general Pazuello faz tudo o que Bolsonaro quer, e por isso foi confirmado no cargo. Isto demonstra uma clara opção pela necropolítica do presidente, com a chancela institucional do cargo que ocupa, com a concordância de milhares de militares que foram contratos pelo governo e se locupletam em cargos alheios à sua função principal.

    Agora vem o presidente atacar os nossos sindicatos e a nós professores por que "não queremos trabalhar"? Por acaso não estamos trabalhando nessa pandemia, muitas vezes sem as mínimas condições e recursos? Por acaso somos vagabundos? Ora, vagabundo então é quem, durante vinte oito anos como parlamentar, nada de importante fez aprovar em benefício do povo brasileiro. Bolsonaro não tem moral para atacar os professores/as e nossas Associações, nem como presidente irresponsável, nem como parlamentar relapso que foi, nem como militar exonerado do Exército por organizar ações ao arrepio da lei! Expressamos aqui o nosso repúdio veemente contra mais esse ataque deste senhor que não honra o cargo que ocupa!!! 


São Paulo, 20 de setembro de 2020.

APROFFESP & APROFFIB

sábado, 5 de setembro de 2020

01 “LIVES NA LUTA” - O GOVERNO DÓRIA/ROSSIELI IMPLEMENTA A NECROPOLÍTICA

 Dia 07 de setembro - 17 horas! 


Participe da transmissão ao vivo (“live”) com professores/as da rede estadual sobre a tentativa de volta às aulas do governo João Dória/Rossieli Soares.

Nós, professores/as da APROFFESP & APROFFIB vamos participar de importante atividade no dia dos excluídos, e na data da Independência do Brasil, conversando sobre a situação da educação e da escola pública dentro do contexto da pandemia em nosso Estado, no Brasil e no mundo.

Sabemos que as tentativas de volta às aulas, inclusive com pressões e ofertas de bônus (“bônus funeral”) por parte do governo obedecem à lógica empresarial que pressiona João Dória a facilitar a retomada plena da economia, o que supõe fazer as crianças e adolescentes retomarem as aulas, não importando com a curva da pandemia que continua altíssima em número de novos casos e mortes! E todos sabemos que as escolas, principalmente as do Estado, não têm as mínimas condições de garantir o protocolo exigido pelas autoridades da Saúde. Todavia, em seu teatro aparentando seriedade, o governo Dória/Rossieli explica, fala bonito, fornece uma infinidade de dados e estatísticas, mas com um único objetivo: reabrir as escolas, pois esta é a lei do mercado: o lucro, ainda que vidas sejam ceifadas como as mais de 122 mil já o foram.

Vamos debater essas questões relacionadas à educação, como também o EaD, a retirada de direitos dos trabalhadores, dos funcionários públicos, dos aposentados, das subcategorias, da violência contra os excluídos, principalmente as mulheres e os negros das periferias, cortiços e “comunidades”!

Participarão desta atividade o Deputado Estadual do Psol Carlos Giannazi, Professore Aldo Santos na mediação dos trabalhos, Professor Dr. Marcos Silva, Professora Soninha, Professor Chico Gretter, professor Ocimar Freitas, Professor José de Jesus e Anísio Batista. A Aproffesp toma partido ao lado da vida, da educação e da dignidade humana.

Venham participar e conversar conosco neste dia 07 de setembro, 17 horas, para que realizemos de fato a real Independência do Brasil e dos/as brasileiros/as!

 APROFFESP/APROFFIB






quarta-feira, 5 de agosto de 2020

NOTA DA APROFFESP





ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS/AS DO ESTADO DE SÃO PAULO





Nota contra as reformas  neotecnicistas do governo João Dória:
                      o ataque à Filosofia e ao Currículo formativo 

Uma escola em tempo integral não é o mesmo que uma escola de formação integral!


            O governo João Dória, como já era esperado, apresentou de forma autoritária várias reformas para a rede estadual de ensino e que poderão ter consequências funestas para a carreira dos professores, para a formação de nossos jovens e para o currículo em geral. A Filosofia, no rol das disciplinas formativas, certamente será uma das principais prejudicadas e nós da APROFFESP não poderíamos ficar calados; vejamos o que poderá acontecer.
            Com uma reforma denominada “Inova Educação”, há dois projetos que pretendem colocar em prática tais “inovações” através de duas vias: o PEI – Programa de Escola Integral e o “novotec”, com quatro modalidades. Esses projetos aparentemente novos não passam de novos nomes que são dados aos antigos objetivos dos governos tucanos que tentam implantar a sua política neoliberal e privatista dos espaços públicos, nesse caso, da escola pública paulista. A isto nós chamamos de “painel de velhas novidades”, parodiando a canção de Cazuza “O tempo não para” com a linda metáfora: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para, não para...”
            Quantas reformas o PSDB/PMDB vêm fazendo desde o início dos anos 90 – lembram da “Escola Padrão”, da “Progressão Continuada” = aprovação automática, das “Salas Ambientes da secretária Rose Neubauer??? O que melhorou na qualidade de ensino da escola pública? Houve melhoria na carreira e nos salários dos professores, funcionários, educadores em geral? Não, não houve, ao contrário, o que aconteceu foi uma piora e desvalorização crescente da carreira dos educadores e no aprendizado dos alunos/as da escola estadual. Por quê?
            Não houve melhora simplesmente porque os neoliberais não estão de fato preocupados com a melhoria da educação pública, nem com a carreira dos professores/as, pois suas preocupações são privatistas e voltadas para o mercado de trabalho e satisfação das necessidades imediatistas do mundo empresarial; e por isso mesmo sempre apostam no que denominamos neotecnicismo que tenta repetir como farsa as reformas do regime militar com a Lei 5.692/71, a mesma política que jogou a qualidade de ensino, a carreira e os salários dos/as professores/as aos níveis que vemos hoje, principalmente no Estado de São Paulo, o 18° pior salário do país, que não cumpre o 1/3 Jornada do Piso e não paga o PSPN, descumprindo a Lei federal implantada em 2009!
            Desta forma, elencamos aqui algumas críticas que apontam para os pontos negativos dos “novos” projetos do atual governo João Dória que nos colocam na resistência a essas reformas que são uma farsa bem arquitetada para terceirizar o currículo, as disciplinas e os espaços da escola pública, piorando ainda mais a qualidade do ensino e o aprendizado dos jovens:
- Ao oferecer um reajuste de 75% sobre o salário, é bom lembrar que isso não é incorporado e o professor/a perdem os benefícios que tem um cargo efetivo; perde-se também a estabilidade, ficando o educador à mercê de avaliações subjetivas de gestores alinhados com o governo;
- As escolas estão sucateadas e, mesmo com as promessas de melhorias na infraestrutura, não há garantias efetivas de que as escolas que optarem pelo PEI serão aparelhadas; basta ver as atuais escolas em tempo integral que continuam carentes dos recursos e infraestrutura necessária;
- Além da perda da estabilidade, haverá um desvio de função dos professores/as, que além do período de aulas também terá de acompanhar e orientar os/as alunos/as em suas atividades extraclasse;
- Com o “novotec”, haverá uma diminuição do tempo de aula (de 50 para 45 minutos) e no número de aulas da base comum, baixando de 30 para 26 aulas, prejudicando diretamente as disciplinas de Filosofia e Sociologia, que eram obrigatórias até a Lei N° 13.415/17 do “novo ensino médio” que eliminou numa canetada o Artigo 36 da LDB que havia sido reformulado. Aliás, é bom saber que, além de Língua Portuguesa e Matemática, nenhuma disciplina é agora obrigatória, o que fragiliza ainda mais a BNCC e a formação acadêmica dos/as alunos/as da escola pública, prejudicando diretamente os jovens mais carentes.
            Contra a imposição e o autoritarismo das reformas neoliberais e neotecnicistas de João Dória, contra os projetos do “Inova Educação”, o PEI e o NOVOTEC, pela autonomia das escolas, em defesa da Filosofia e do currículo formativo que garanta de fato uma educação integral aos jovens, a APROFFESP chama os/as professores/as de Filosofia e das demais disciplinas para continuarmos a luta por uma escola pública laica, gratuita e de qualidade de verdade!

DIRETORIA DA APROFFESP (2018 – 2021)

Presidenta: Lúcia Martins Peixoto - Caieiras, SP
Vice-Presidente: Anízio Batista de Oliveira - J. Maria Estela, São Paulo, SP.
Secretário: Valmir João Schmitt - Jaraguá - São Paulo, SP
Primeiro Secretário: Alvira Soares Rêis -  V. Santa Teresa - São Paulo, SP
Tesoureiro:  Sônia Maria de Almeida – J. Vergueiro, Saúde SP
Primeiro Tesoureiro: José de Jesus Costa – Osasco, SP
Diretor de Comunicação e Propaganda: Jadir Antônio da Silva – V. Mariana, SP.
Diretor Adjunto de Comunicação e Propaganda:  Marcos R. Ferreira – J. Guarani, São Paulo, SP
Diretor de Políticas Pedagógicas: Francisco P. Gretter – Lapa, São Paulo, SP.
Diretor Adjunto de Políticas Pedagógicas:  Ivo Lima dos Santos – V. Continental, São Paulo, SP
Diretor Articulador das Ciências Humanas e Currículo: Ronaldo Gomes Neves - Diadema,  SP
Diretor de Relações Sociais e Mov. Sindical: Aldo Josias dos Santos - São Bernardo do Campo, SP
Diretor Organizativo da Capital:  Ocimar Freitas - Suzano – SP
Diretora Organizativa da Grande São Paulo:  Lúcia Ap. Denardi, São Bernardo do Campo, SP.
Diretor Organizativo do Interior: Ademir Alves de Lima - São José dos Campos, SP
Diretor Adjunto Organizador do Interior: Odair Salomão, São José do Rio Preto, SP
Diretor de Relações Acadêmicas: Marcos da Silva e Silva - Santo André, SP
Diretora Adjunta de Relações Acadêmicas: Luanda Gomes dos S. Julião – Sacomã, São Paulo, SP

segunda-feira, 6 de julho de 2020

APROFESP DEBATE O CURRÍCULO: Com o Prof. Dr. João Palma

A APROFFESP - Associação de Professores/as Filósofos/as do Estado de São Paulo convida para o debate sobre o Currículo com o Professor João Paulo Cardoso Palma Filho, Licenciado em História Natural, Pedagogia e Direito. Mestre e Doutor em Educação (Supervisão e Currículo) pela PUC/SP. Pós Doutor em Política Educacional pela Faculdade de Educação da USP. Membro do Conselho Estadual de Educação nos períodos de 1985-1994 e 2003-2006. Secretário Adjunto de Educação do Estado de São Paulo (2011-2013) Coordenador do Fórum Estadual de Educação (2013-2015). Membro Titular da Cadeira n° 32 da Academia Paulista de Educação.

LIVE que acontecerá na Sexta Feira dia 10 de Julho às 19 horas e será transmitida pela página do Facebook:   https://www.facebook.com/APROFFESPESTADUALOFICIAL/

Tendo como debatedores os professores Chico Gretter e Aldo Santos, Diretores da APROFFESP e mediação do Prof. Dr. Marcos Silva e Silva.


  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...