quinta-feira, 23 de maio de 2019

Audiência Pública na ALESP em defesa das Ciências Humanas!



     Foi muito significativa a realização da audiência pública em 21/05/2019, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para reagir contra os ataques às ciências humanas e a educação em geral. A audiência foi aberta pelo Deputado Estadual Carlos Giannazi do PSOL/SP, que em sua fala começou elogiando a oportuna iniciativa da referida Audiência na conjuntura atual de ataques à educação pública, e, particularmente à Filosofia, à Sociologia e o conjunto das Ciências Humanas.

      Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da APROFFIB, professor Aldo Santos, que mencionou o objetivo da Audiência Pública, definindo o evento como mais uma atividade nesta longa caminhada de lutas e resistência diante dos governantes opressores, nos variados níveis da educação brasileira. 

          A Presidenta da APROFFESP, professora Lúcia Peixoto, disse que a entidade já realizou várias atividades em defesa das Ciências Humanas, e que, pela singularidade do momento, se faz necessário a busca efetiva da unidade das entidades e seus representados. 

       Daniele, Coordenadora regional da ABECS, fez importante saudação sobre a realização desta atividade e se colocou à disposição de outras atividades diante deste obscuro processo conjuntural. 

        O professor Felipe Salete da AGB-ABC fez significativa exposição esclarecendo as contradições políticas dos investimentos na educação, apresentando conteúdo consistente para explicar a real situação em que se encontra a educação brasileira que tem se submetido há décadas às determinações do Banco Mundial. 

       A professor Nizete, do Conselho Estadual da APEOESP, disse estar indignada com este momento político, em que a classe trabalhadora vem enfrentando verdadeiro desmonte da educação pública brasileira, além de outras mazelas do atual governo. 

     Após as falas das representações das entidades e alguns informes, várias pessoas fizeram perguntas e considerações sobre a temática do evento, e finalmente foram acordados os seguintes encaminhamentos: 

1- Criar um grupo de whatsapp para avançar no relacionamento das entidades afins e buscar outras no campo do debate apresentado; 

2- Realização de grupos de estudos para aprofundamento das propostas educacionais dos últimos governos; 

3- Solicitar uma reunião com o Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares da Silva, para os devidos esclarecimentos sobre a proposta apresentada, bem como sobre as mudanças curriculares que se pretende implementar a partir de 2020 no Estado de São Paulo; 

4- Estudar os documentos educacionais, como a BNCC, convidando especialistas para aprofundamento dos debates; 

5- Realização de reuniões periódicas com as entidades presentes e convidar as demais para os debates. 

São Paulo, 21 de maio de 2019.

Secretaria dos trabalhos


Jornal do Parlamento - Em defesa das Ciências Humanas e Sociais: Falas do Dep. Carlos Giannazi, Professora Lúcia Peixoto, Professor Aldo Santos, Professora Daniele e Professor Salete Felipe representando as entidades presentes.  https://youtu.be/EVK1ZJKvF18


























Deputado Carlos Gianazzi fala da audiência Pública em defesa das ciências Humanas e denuncia a condenação do Professor Aldo Santos: https://youtu.be/LcBHAsnnRMY



quarta-feira, 22 de maio de 2019

MANIFESTO DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO PROFESSOR ALDO SANTOS: Assine online

     
          Nós da APROFFESP e APROFFIB, cujo um dos fundadores foi justamente o companheiro Aldo, tendo sido presidente da primeira associação por dois mandatos e sendo atual presidente da segunda, prestamos toda nossa solidariedade e apoio na sua luta por justiça, para ele e para todos os milhares de brasileiros encarcerados e injustiçados.

           Assinamos e conclamamos os defensores e defensoras dos direitos democráticos a assinarem esta nota em apoio e solidariedade concretos ao Professor Aldo Santos.

Resistir e lutar é preciso! Conte conosco companheiro Aldo Santos!



MANIFESTO DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO PROFESSOR ALDO SANTOS

          Aldo Santos, ex-vereador por 16 anos em São Bernardo do Campo, presidente da APROFFIB, diretor da APROFFESP, militante sindical da APEOESP e do PSOL - dentre tantas outras atribuições - é reconhecidamente um exemplo de coragem personificado na presença ativa e ativista em todos os movimentos políticos e sociais dos quais tomou parte.
          Em tempos tão incertos a respeito de nossas liberdades individuais e coletivas, a condenação de Aldo Santos pelo STF, que após ter cassado seus direitos políticos por cinco anos no início de 2018, bloqueia agora os seus bens, inclusive o salário que recebe como professor aposentado da rede pública, retirando assim seu meio de subsistência, o que configura uma violação de direito fundamental.

          Não nos calaremos diante da perseguição política da qual é vítima o companheiro que jamais se calou diante das injustiças, sem medo das represálias que viesse a sofrer. E não foi diferente na Ocupação Santo Dias, em São Bernardo do Campo, no ano de 2003. Não poupou forças e nem esforços para prestar toda a solidariedade possível às famílias sem teto que compunham a ocupação de um terreno improdutivo, preservado como propriedade intocada até então, pela especulação imobiliária. Naquela ocasião, colocou-se à disposição de todos aqueles que estavam em meio àquela situação de precariedade, inclusive crianças, idosos, doentes e desnutridos.

          Está claro que a decisão de condenar Aldo Santos tem como base tentar silenciar e dificultar a ação dos lutadores sociais na luta contra a destruição da Previdência, chamada pelos fascistas e burgueses de “reforma”, além da implementação do desmonte da educação com a extinção das disciplinas das Ciências Humanas e da Filosofia, disciplinas que têm no companheiro Aldo destacado defensor

          Manifestamos o nosso apoio e solidariedade concretos ao companheiro Aldo Santos e, expressando nosso repúdio à injustiça de sua condenação, nos colocamos na linha de frente da luta para que a Justiça seja feita no sentido de se reverter o quanto antes o bloqueio de sua principal fonte de renda que é o seu salário de professor/trabalhador aposentado.

Nome
RG.
Profissão/Entidade
Cidade
Tel.


























































ALDO SANTOS ESCLARECE OS MOTIVOS DA CONDENAÇÃO!

“Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?”― Rosa Luxemburgo


           Em 2003, havia um clima de esperança no ar, com a eleição de Lula a Presidência da República, apesar de Geraldo Alckmin governar o Estado de São Paulo e Willian Dib, prefeito da Cidade de São Bernardo do Campo. 


          Segundo os autos do processo, na madrugada do dia 20 de julho de 2003, importante área foi invadida por cerca de 400 pessoas, reunidas pelo movimento dos trabalhadores Sem Teto - MTST.
A gleba ocupada media aproximadamente 275.000 metros quadrados, e segundo documentos a mesma pertencia a Volkswagen do Brasil Ltda. Esta área ocupada foi denominada de “acampamento Santo Dias”, uma homenagem ao líder sindical dos metalúrgicos, membro da Pastoral Operária de São Paulo. Santo Dias Foi morto pela Polícia Militar quando comandava um piquete de greve, no dia 30 de outubro de 1979.



          Os promotores de justiça (ROSANGELA STAURENGHI, FERNANDO ALVAREZ BELAZ E A ESTAGIÁRIA DO MINISTÉRIO, VANESSA VELLOSO SILVA SAAD) afirmaram na ação que a invasão foi de responsabilidade do MTST, “Mas o vereador Aldo dos Santos teve papel de destaque nos fatos supra mencionados. 



          Cerca de 30 dias antes do inicio da invasão, no dia 18 de junho de 2003, durante a 20ª Sessão Ordinária da Câmara municipal de Vereadores de São Bernardo do Campo, onde se discutia a atuação dos Municípios com os moradores de rua, o réu estimulou expressamente a invasão de áreas livres do município como solução para o problema habitacional. Essas foram suas palavras: “Por último, quero dizer para vocês que moram nas ruas. Não adianta somente reclamar. Ora, vocês conhecem muitas áreas em São Bernardo. Não conhecem? Vocês têm que mapear essas áreas e ocupá-las também para terem casa. Temos que organizar tudo isso. Temos tantas áreas boas em São Bernardo. Vamos organizar. Faz um grupo de sem-teto que não tem para onde ir e vamos levantar uma dessas áreas legais que tem por aí e entrar. Ou vocês vão esperar que alguém leve vocês para lá, achando que vocês merecem?

         Então gente, se organizem também, criem um grupo de sem teto, assim como os Sem-terra estão fazendo no interior, levando os trabalhadores, se organizem, porque tem muita área boa em São Bernardo se vocês forem para lá, porque vai ser melhor servir a vocês do que servir para exploração imobiliária.”(pag 12/13).

         Com o acontecimento da ocupação em 20 de julho/2003, que fiquei sabendo no dia seguinte pela manhã, e, por expressar minha irrestrita solidariedade aos movimentos sociais, e após percorrer todos os labirintos perversos das instâncias do judiciário, nos termos dos acórdãos, a sentença exarada foi: à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento de multa civil na quantia de dez vezes o valor da remuneração por ele percebida como agente político na época dos fatos e à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

         Em 2010, quando fui candidato a vice - governador pelo Psol, este problema político veio a tona e toda mídia brasileira me condenava previamente. /deste período guardo com saudosa lembrança a defesa do candidato a presidência da República pelo Psol, o grande Plínio de Arruda Sampaio, que, enquanto todos me condenavam ele me defendia dizendo que eu não era ficha suja, era ficha ouro, pois apoiar os pobres, sem terra e sem teto era dever de todos e todas. 

          Em 2018, em plena campanha a deputado federal fui surpreendido com a aplicação da pena da suspensão dos direitos políticos por cinco anos, conforme condenação supracitada.
No dia do pagamento do corrente mês fui mais uma vez surpreendido com o bloqueio total do pagamento via medida judicial, e ao tomar contato do inteiro teor, na página 72 da referida ação penal, onde estava expressamente escrito: “defiro o bloqueio de valores do(s) executado(s) Aldo Josias dos Santos, no valor de R$ 658.360,86”. 

         Diante do exposto os advogados estão fazendo as devidas manifestações jurídicas para o devido desbloqueio, e do ponto de vista político, lideranças reunidas apontaram para a realização de ato de desagravo contra mais esta efetiva ação de criminalização dos movimentos e lutadores sociais do povo.
Quando falam que o processo foi pelo uso indevido do carro oficial para socorrer crianças idosos doentes, diante da omissão do prefeito Dib e demais autoridades, este argumento foi apenas um pretexto. O ódio de classe é quando se questiona a propriedade privada, principalmente de uma empresa que lucrou e lucra sem nenhuma contrapartida social com os trabalhadores, drenando volumosa quantia de dinheiro do Brasil para sua matriz na Alemanha.

         Quando você questiona a propriedade privada, prepare-se para a guerra dos senhores do poder que quer manter o povo amordaçado, excluído e escravizado.
Centenas de manifestações tem circulado pelas redes sociais em solidariedade e em nossa defesa, ocasião em que tenho reiterado a mais profunda convicção na luta, na utopia de um dia construirmos uma nova sociedade socialista, livre os opressores e da opressão do capital.
“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” ― Rosa Luxemburgo

Lutar, resistir e vencer é preciso!

Aldo Santos- Ex-vereador, Membro da diretoria da APROFFESP, Presidente da APROFFIB, militante da apeoesp e do Psol.




quarta-feira, 15 de maio de 2019

DIA 15 DE MAIO A AULA SERÁ NA RUA: 14hs, no MASP


A APROFFESP E A APROFFIB se unem às demais entidades na convocação  para luta conjunta neste dia 15/05 (quarta-feira) às 14h00 no MASP contra a maldita reforma da previdência e os desmandos com a Educação Pública praticados pelo governo Bolsonaro e o governo Dória. Não podemos aceitar esta reforma da previdência, repudiamos os ataques contra a educação a desvalorização das Ciências Humanas e a exclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia.   
TODAS AS ESCOLAS FECHADAS,  DIA 15 DE MAIO A AULA SERÁ NA RUA!

Manifesto das Associações de Filosofia – APROFFIB, APROFFESP e ASPEFIL contra as declarações do ministro da educação Abraham Weintraub, inimigo da educação!



Desde que senhor Abraham Weintraub assumiu o Ministério da Educação, no começo do mês de abril, inúmeros ataques foram desferidos àquela que deveria ser a prioridade em qualquer governo democrático: a educação pública.

Sem dúvida, os ataques começaram a partir de 2016 com a exclusão da Filosofia e da Sociologia, duas disciplinas que sempre foram alvo dos governos que são contra a liberdade de expressão do pensamento e não aceitam qualquer crítica. Suprimir essas duas matérias do ensino médio é roubar dos educandos o direito de pensar de forma autônoma, é negar o debate e o respeito à pluralidade de ideias e de valores dos estudantes.

Temos notado que, a partir da posse do atual presidente Jair Bolsonaro, os ataques à educação aumentaram, desta vez não apenas à Filosofia e à Sociologia, mas também às Ciências Humanas, às universidades públicas e aos professores em geral, rotulados de “doutrinadores” pelo presidente e seus seguidores fanatizados. As declarações impensadas do presidente nas redes sociais demonstram claramente que o investimento na educação não é primazia nesse governo. E o ataque à educação pública é um claro indício de que seu interesse é promover a iniciativa privada em detrimento do investimento público.

Com a destituição do ministro Ricardo Vélez após suas inúmeras trapalhadas, o senhor Abraham Weintraub assumiu a pasta da educação alegando que iria governar para a população ou, como declarou nos meios de comunicação, em favor do “cidadão pagador de impostos”; essa declaração já demonstra que o atual ministro da educação governará mais para as elites do que para os menos favorecidos. Suas declarações e suas posturas em menos de um mês na direção do MEC demonstram que o MEC seguirá as diretrizes da política neoliberal, sem a preocupação em diminuir as desigualdades sociais e exclusões culturais as quais, como sabemos, só uma educação de qualidade é capaz de transpor.

Estupefatos, visualizamos um MEC que se afasta cada vez mais do planejamento e aplicação dos fundos públicos para a garantia dos direitos sociais e um governo cujo projeto norteador é a destruição dos direitos que foram democraticamente conquistados em gestões anteriores com muita luta dos educadores e da sociedade em geral. Não podemos aceitar esse retrocesso que representa a perda dos direitos duramente conquistados! Percebemos que desde 2016 a educação no Brasil deixou de ser prioridade do governo federal. Em 2018, ainda sobre a gestão de Michel Temer, houve uma redução orçamentária brusca de bilhões na educação. Tal redução não foi suficiente para Bolsonaro, uma vez que novas reduções, novos cortes ou “contingenciamentos”, não apenas para as universidades públicas, mas também para a educação fundamental, são noticiados quase todos os dias nos meios de comunicação.   

Parece-nos que, tanto o senhor quanto o atual presidente, expressam repulsa e desprezo pelo conhecimento e o senso crítico dos cidadãos, principalmente dos jovens. Ambos demonstram que não medirão esforços para no sentido de silenciar a Filosofia e a Sociologia, como também depreciar as Ciências Humanas e sucatear as universidades públicas, uma vez que estas áreas, como vocês mesmos alegam em redes sociais, não fazem jus ao dinheiro do contribuinte, pois só promovem “balbúrdia”! Tais declaração revelam que os senhores ignoram o papel relevante das universidades públicas no avanço da pesquisa em todas as áreas, bem como a independência tecnológica do país. Por isso, questionamos tais posicionamentos ao assumir o Ministério da Educação, cuja importância para o desenvolvimento do Brasil é essencial.

Tendo em vista o exposto, nós professores/as de Filosofia não iremos nos calar, pois temos a convicção de que a educação e todas as áreas do conhecimento precisam ser defendidas, reafirmadas e ampliadas sempre mais, pois são instrumentos de resistência, transformação e promoção dos trabalhadores na sua luta histórica contra a ignorância, a dominação e a exploração.

 São Paulo, 13 de maio de 2019.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Professor Tonhão: Luta pelo medicamento de alto custo





A Luta do Professor Tonhão Sempre foi uma luta coletiva, contra o capitalismo em defesa da vida!
Vamos curtir, compartilhar e fazer ecoar a voz sempre firme e esperançada deste professor que não se verga diante da injustiça.


#SaúdeéDireito 
#AcessoPúblicoaoMedicamentodeAtoCusto!

segunda-feira, 13 de maio de 2019

DIA 15 DE MAIO A AULA SERÁ NA RUA: 14hs, no MASP

A APROFFESP E A APROFFIB se unem às demais entidades na convocação  para luta conjunta neste dia 15/05 (quarta-feira) às 14h00 no MASP contra a maldita reforma da previdência e os desmandos com a Educação Pública praticados pelo governo Bolsonaro e o governo Dória. Não podemos aceitar esta reforma da previdência, repudiamos os ataques contra a educação a desvalorização das Ciências Humanas e a exclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia.   
TODAS AS ESCOLAS FECHADAS,  DIA 15 DE MAIO A AULA SERÁ NA RUA!

domingo, 12 de maio de 2019

Nota da APROFFESP e APROFFIB em solidariedade ao companheiro Aldo Santos e repúdio à sua injusta condenação pela seletiva Justiça burguesa





            A Justiça – STF, após ter cassado os direitos políticos do camarada Aldo Santos por cinco anos no início de 2018, acaba de bloquear os seus bens, inclusive o salário que recebe como professor aposentado da rede pública. E qual foi seu “crime”? Ter apoiado e prestado assistência, com a chegada da tropa de choque, a crianças, idosos e necessitados da ocupação em 2003, acampamento “Santo Dias”, em São Bernardo do Campo, quando era vereador da cidade.
            Sim, seu “crime” foi, como Marielle assassinada há mais de um ano no Rio, estar do lado da população carente e desassistida pelo poder público! A nossa vereadora levou vários tiros e morreu; Aldo Santos leva apenas um “tiro” dessa Justiça seletiva e nababesca, que se locupleta em seus penduricalhos que somam milhares de reais, além das mordomias que recebem!
            Estamos, pois vendo um perigoso aumento da perseguição às lideranças sociais e de partidos situados à esquerda do espectro político brasileiro, o que vem acontecendo e o cerco se apertando a partir das manifestações de 2013. Enquanto isso, milícias e o armamento da direita segue a passos largos com o apoio explícito do atual governo que não esconde os objetivos ditos ao vivo pelo então candidato Jair Bolsonaro a uma semana da eleição do segundo turno no ano passado: “....esses esquerdistas, ou vão presos, ou serão expulsos do país...” Tal foi o recado do agora presidente do Brasil, repetido em seu discurso de posse em primeiro de janeiro deste ano. Seu lema – “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos” – soa como uma blasfêmia diante dos céus e um perigoso atentado à Democracia!
            Nós da APROFFESP e APROFFIB, cujo um dos fundadores foi justamente o companheiro Aldo, tendo sido presidente da primeira associação por dois mandatos e sendo atual presidente da segunda, prestamos toda nossa solidariedade e apoio na sua luta por justiça, para ele e para todos os milhares de brasileiros encarcerados e injustiçados, principalmente os pobres do campo e da cidade, dentre eles, os maiores injustiçados da sociedade brasileira: os negros e negras cuja “libertação” nesse 13 de maio pela “Lei Áurea” assinada pela Princesa Isabel aparece como mais uma farsa de nossa história de exclusão e exploração dos pobres.
            Está claro que a decisão de condenar Aldo Santos tem como base tentar silenciar e dificultar a ação dos lutadores sociais na luta contra a destruição da previdência, chamada pelos fascistas e burgueses de “reforma”, além da implementação do desmonte da educação com a extinção das disciplinas das Ciências Humanas e da Filosofia, disciplinas que têm no companheiro Aldo destacado defensor através da militância também na APEOESP, além das Associações de Filosofia já citadas.

            Trata-se de uma perseguição institucionalizada contra os movimentos sociais e seus líderes que não apenas se contenta em calar os lutadores e desencorajar o engajamento dos que assumem a linha de frente das lutas; sobretudo uma decisão que coloca em risco a própria integridade física dos lutadores, os quais pensam esses algozes, devem ficar sem condições até de sobreviver, pois lhes tiram até o parco salário a que tem direito como trabalhador há décadas no labor diário. Que Justiça é essa que assim procede contra um trabalhador e defensor dos mais humildes quando, na grande mídia, seus juízes e desembargadores aparecem como paladinos da moral e do combate à corrupção? Ora, os reais e grandes ladrões desse país estão soltos por aí com suas reluzentes tornozeleiras eletrônicas. É revoltante!
           
            Finalizamos esta nota mais uma vez prestando o nosso apoio e solidariedade concretos ao companheiro Aldo Santos e expressando nosso repúdio à injustiça de sua condenação, nos colocando na linha de frente da luta para que a Justiça seja feita e que se reverta o bloqueio de sua principal fonte de renda que é o seu salário de trabalhador aposentado. E mandamos um recado aos senhores da Lei e representantes dos poderosos: não nos calarão, não abandonaremos a luta por Justiça real, por justiça social e pelos direitos democráticos!

            Resistir e lutar é preciso! Conte conosco companheiro Aldo Santos!

               
                             

São Paulo, 13 de maior de 2019.








Manifesto das Associações de Filosofia – APROFFIB, APROFFESP e ASPEFIL contra as declarações do ministro da educação Abraham Weintraub, inimigo da educação!




Manifesto das Associações de Filosofia – APROFFIB, APROFFESP e ASPEFIL contra as declarações do ministro da educação Abraham Weintraub, inimigo da educação!



Desde que senhor Abraham Weintraub assumiu o Ministério da Educação, no começo do mês de abril, inúmeros ataques foram desferidos àquela que deveria ser a prioridade em qualquer governo democrático: a educação pública.

Sem dúvida, os ataques começaram a partir de 2016 com a exclusão da Filosofia e da Sociologia, duas disciplinas que sempre foram alvo dos governos que são contra a liberdade de expressão do pensamento e não aceitam qualquer crítica. Suprimir essas duas matérias do ensino médio é roubar dos educandos o direito de pensar de forma autônoma, é negar o debate e o respeito à pluralidade de ideias e de valores dos estudantes.

Temos notado que, a partir da posse do atual presidente Jair Bolsonaro, os ataques à educação aumentaram, desta vez não apenas à Filosofia e à Sociologia, mas também às Ciências Humanas, às universidades públicas e aos professores em geral, rotulados de “doutrinadores” pelo presidente e seus seguidores fanatizados. As declarações impensadas do presidente nas redes sociais demonstram claramente que o investimento na educação não é primazia nesse governo. E o ataque à educação pública é um claro indício de que seu interesse é promover a iniciativa privada em detrimento do investimento público.

Com a destituição do ministro Ricardo Vélez após suas inúmeras trapalhadas, o senhor Abraham Weintraub assumiu a pasta da educação alegando que iria governar para a população ou, como declarou nos meios de comunicação, em favor do “cidadão pagador de impostos”; essa declaração já demonstra que o atual ministro da educação governará mais para as elites do que para os menos favorecidos. Suas declarações e suas posturas em menos de um mês na direção do MEC demonstram que o MEC seguirá as diretrizes da política neoliberal, sem a preocupação em diminuir as desigualdades sociais e exclusões culturais as quais, como sabemos, só uma educação de qualidade é capaz de transpor.

Estupefatos, visualizamos um MEC que se afasta cada vez mais do planejamento e aplicação dos fundos públicos para a garantia dos direitos sociais e um governo cujo projeto norteador é a destruição dos direitos que foram democraticamente conquistados em gestões anteriores com muita luta dos educadores e da sociedade em geral. Não podemos aceitar esse retrocesso que representa a perda dos direitos duramente conquistados! Percebemos que desde 2016 a educação no Brasil deixou de ser prioridade do governo federal. Em 2018, ainda sobre a gestão de Michel Temer, houve uma redução orçamentária brusca de bilhões na educação. Tal redução não foi suficiente para Bolsonaro, uma vez que novas reduções, novos cortes ou “contingenciamentos”, não apenas para as universidades públicas, mas também para a educação fundamental, são noticiados quase todos os dias nos meios de comunicação.   

Parece-nos que, tanto o senhor quanto o atual presidente, expressam repulsa e desprezo pelo conhecimento e o senso crítico dos cidadãos, principalmente dos jovens. Ambos demonstram que não medirão esforços para no sentido de silenciar a Filosofia e a Sociologia, como também depreciar as Ciências Humanas e sucatear as universidades públicas, uma vez que estas áreas, como vocês mesmos alegam em redes sociais, não fazem jus ao dinheiro do contribuinte, pois só promovem “balbúrdia”! Tais declaração revelam que os senhores ignoram o papel relevante das universidades públicas no avanço da pesquisa em todas as áreas, bem como a independência tecnológica do país. Por isso, questionamos tais posicionamentos ao assumir o Ministério da Educação, cuja importância para o desenvolvimento do Brasil é essencial.

Tendo em vista o exposto, nós professores/as de Filosofia não iremos nos calar, pois temos a convicção de que a educação e todas as áreas do conhecimento precisam ser defendidas, reafirmadas e ampliadas sempre mais, pois são instrumentos de resistência, transformação e promoção dos trabalhadores na sua luta histórica contra a ignorância, a dominação e a exploração.




                  São Paulo, 13 de maio de 2019.
















  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...