sábado, 27 de janeiro de 2024

 A verdade dos senhores da guerra e seus impérios

O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o ditador Fulgêncio Baptista, pau mandado dos EUA na Ilha de Cuba, que oprimia a população empobrecida. Após tomarem o poder, em 1°/01/1960, os revolucionários, comandados por Fidel Castro, Ernesto Che Guevara, Camilo Cienfuegos, entre outros, permitiram que os que não concordavam com a Revolução saíssem do país, colocando um avião à disposição deles e assim foi feito. Uma minoria abandonou Cuba e lá nos comandaram uma contra-revolução apoiada pelo governo norte-americano, movimento que foi derrotado pelos revolucionários cubanos quando tentavam a invasão da Ilha pela Baía dos Porcos.

Fidel Castro e também Che Guevara tentaram o acordo com os EUA para que aceitassem a Revolução, mas aquele país jamais aceitou ou reconheceu o novo governo de Cuba; não só isso, mas impuseram um ferrenho bloqueio econômico a partir de 1960 que perdura até hoje! E consideram Cuba um país “terrorista”! A ONU já aprovou várias resoluções pedindo o fim do bloqueio, o Brasil desde o presidente José Sarney, se manifesta contra o bloqueio econômico a Cuba, mas os Estados Unidos não cedem.

Esta é uma das razões de Cuba continuar sendo um país pobre, aliás, como todos os países da América Central e do Caribe, dominados pelo império norte-americano há mais de um século! O mesmo acontece com praticamente todos os países da América Latina, cujas ditaduras militares e regimes sempre tiveram o apoio direto ou indireto da CIA-USA! Foi assim com a ditadura civil-militar no Brasil (1964 - 1985).

Se Cuba é tratado desta maneira, por outro lado o Estado de Israel, que oprime o povo palestino há décadas e neste momento infringe uma massacre sobre a população da Faixa de Gaza, tem dos EUA o total apoio ao que suas Forças Armadas estão fazendo contra os palestinos. Se o ataque terrorista do grupo Hamas, que condenamos, matou aproximadamente 1.200 israelenses e de outros países, se sequestrou mais de 200, por outro já foram mortos até agora mais de 25.000 palestinos, sendo que mais de 10.000 são crianças! Esta “guerra” absurda é inaceitável! Nada justifica esse suposto “direito de autodefesa” de Israel. O que as forças armadas israelenses fazem não é defesa, mas massacre, genocídio!

Embora a Corte de Genebra fale em genocídio e a ONU, que já teve mais de 100 funcionários mortos pelos ataques em Gaza, peça o cessar fogo e exija um corredor humanitário, Israel do governo Benjamin Netanyahu permanece inflexível, não atende e também são contra a criação de um Estado Palestino. Será que Israel está acima do bem e do mal? Será que o primeiro ministro Netanyahu pode fazer o que  bem entender em Gaza? A morte de civis, seja em Israel, em Gaza ou na Cisjordânia, não justificam esta “guerra contra o terror” e nenhuma outra guerra que mata inocentes, a maioria crianças. Um erro não justifica outro, vingança não é justiça, afirma a própria Bíblia Sagrada, a começar pelo Pentatêuco ou Torá que o povo hebreu segue.

O próprio Javé (Yahweh) disse no Livro do Gênesis (3, 9 - 16), quando Caim matou seu irmão Abel: “Que fizeste! Eis que a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra. De agora em diante será maldito e expulso desta terra...” E Caim respondeu: “O primeiro que me encontrar, matar-me-á”! E o Senhor respondeu: “Não, Mas aquele que matar Caim será punido sete vezes”!

Tendo em vista o exposto, vimos aqui nos unir a todas as vozes no mundo que clamam por um cessar fogo em Gaza antes que mais inocentes sejam mortos de forma covarde e cruel. O terrorismo não pode ser combatido com terrorismo de Estado, como está acontecendo. Exigimos que parem esta guerra absurda, cruel injusta!

 

São Paulo, 27 de janeiro de 2024.

Prof. Francisco P. Greter

Presidente da APROFFESP

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