quarta-feira, 20 de maio de 2020

AdiaEnem: Pressão continua, nenhum estudante prejudicado.

MINISTRO ABRAHAM WEINTRAUB: INIMIGO DA EDUCAÇÃO! #ADIAENEM


       Repudiamos a postura inadmissível do Ministro da Educação Abraham Weintraub, em manter o calendário para realização do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, desconsiderado o contexto de combate a pandemia do Covid-19 que impõe necessário isolamento social o que impossibilitará a participação de quase metade dos estudantes das redes públicas de ensino que não dispõe de acesso a internet. Exigimos o adiamento do ENEM e a retratação das absurdas declarações do Sr. Abraham Weintraub de que "o ENEM não foi feito para corrigir injustiças sociais e, sim, para selecionar os melhores candidatos." Tal atitude corrobora com a atual política educacional da " falsa meritocracia" que exclui as camadas mais pobres da sociedade, historicamente segregadas.




NOTA DAS ENTIDADES DE FILOSOFIA APROFFESP E APROFFIB
MINISTRO ABRAHAM WEITRAUB: FORA INIMIGO DA EDUCAÇÃO!

         Abraham Weintraub, desde que assumiu o Ministério da Educação, em abril do ano passado, substituindo o conservador e trapalhão Ricardo Velez, inúmeros ataques foram desferidos àquela que deveria ser a prioridade em qualquer governo democrático: a educação pública. Sem dúvida, os ataques começaram a partir de 2016, no governo Temer, que culminou com a aprovação da Lei 13.415/17, a do tal “novo ensino médio”, que descaracteriza as disciplinas, principalmente da área das Ciências Humanas, em particular, a Filosofia e a Sociologia.
         Com a posse do presidente Jair Bolsonaro, os ataques à educação aumentaram, desta vez não apenas à Filosofia e à Sociologia, mas também à pesquisa científica, às universidades públicas e aos professores em geral, rotulados de “doutrinadores” e “preguiçosos” pelo presidente, seu ministro da educação e seus seguidores fanatizados. As declarações desrespeitosas do presidente nas redes sociais demonstram claramente que o investimento na educação não é primazia nesse governo, mas sim abrir caminho para as empresas privadas de educação em detrimento do investimento público.
       As constantes declarações e a postura do atual ministro Abraham Weintraub, além de envergonhar os que se dedicam à educação, demonstram que o MEC seguirá as diretrizes da política neoliberal, sem a preocupação em diminuir as desigualdades sociais e exclusões culturais as quais, como sabemos, só uma educação de qualidade é capaz de transpor.
         Estupefatos, visualizamos um MEC que se afasta cada vez mais do planejamento e aplicação dos fundos públicos para a garantia dos direitos sociais e um governo cujo projeto norteador é a destruição dos direitos que foram democraticamente conquistados em gestões anteriores com muita luta dos educadores e da sociedade em geral. As reduções orçamentárias que se iniciaram no governo Temer agora são acrescidas de cortes e “contingenciamentos”, não apenas para as universidades públicas, mas também para a educação fundamental, enquanto o ministro dá uma de péssimo humorista com brincadeiras cínicas com aqueles que o criticam. Além de incompetente, é mau caráter. Basta citar as falhas ocorridas na aplicação do último ENEM. Uma balbúrdia e desorganização total!
        Na esteira dos interesses privatistas na área da educação, temos agora um exemplo gravíssimo, pois o responsável pela escolha dos livros didáticos para as primeiras sérias do ensino fundamental, senhor Carlos Nadalim nomeou uma equipe cujos membros não são revelados ao público, mas que sabemos têm relação com grupos conservadores ligados ao “guru” e pseudo filósofo Olavo de Carvalho, atualmente residente nos EUA. Sabemos também que muitas pequenas editoras conservadoras estão prontas e ansiosas para realizar a dica expressa pelo presidente Bolsonaro: “Vamos nós mesmos produzir os livros, pois os atuais são um amontoado com muita coisa escrita e que precisaria ser suavizado...” (declaração dada à imprensa em 03/01/2020). O que o presidente quer dizer com o verbo “suavizar”? Bem, pelas posições de seu ministro Weintraub, já podemos imaginar o desastre que pode vir por aí! Nem falemos de seus erros de português.
       Além desses retrocessos todos e ataques à educação pública e aos educadores, há também o perigo da não renovação do FUNDEB, criado pela Emenda Constitucional n° 53/2006em 2006 e regulamentado pela Lei Federal n° 11.494/2007, que vincula a distribuição dos investimentos em educação às receitas de impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios; além dessas receitas serem garantidas para todos os alunos matriculados, também se destina ao Piso Salarial Nacional dos Professores. Essas conquistas, pois, estão correndo sério perigo na atual conjuntura cujos governos de um modo geral atacam os serviços públicos, alinhados que estão com a sanha privatista que campeia; e o ministro Weintraub é um de seus representantes.
        Tendo em vista o exposto, nós professores/as de Filosofia não iremos nos calar, pois temos a convicção de que a educação e todas as áreas do conhecimento precisam ser defendidas, reafirmadas e ampliadas sempre mais, pois são instrumentos de resistência, transformação e promoção dos trabalhadores na sua luta histórica contra a ignorância, a dominação e a exploração. 

       A APROFFESP/APROFFIB repudiam com veemência tal concepção elitista e excludente do ENEM e da Educação como um todo! Se a Educação não existe para corrigir injustiças sociais, quem as corrigirá?"

“Fora Abraham Weintraub: inimigo da educação”!

São Paulo, 19 de maio de 2020.

Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo

         Associação dos/as Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Brasil                         

terça-feira, 19 de maio de 2020

MINISTRO ABRAHAM WEINTRAUB: INIMIGO DA EDUCAÇÃO! #AdiaEnem



       Repudiamos a postura inadmissível do Ministro da Educação Abraham Weintraub, em manter o calendário para realização do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, desconsiderado o contexto de combate a pandemia do Covid-19 que impõe necessário isolamento social o que impossibilitará a participação de quase metade dos estudantes das redes públicas de ensino que não dispõe de acesso a internet. Exigimos o adiamento do ENEM e a retratação das absurdas declarações do Sr. Abraham Weintraub de que "o ENEM não foi feito para corrigir injustiças sociais e, sim, para selecionar os melhores candidatos." Tal atitude corrobora com a atual política educacional da " falsa meritocracia" que exclui as camadas mais pobres da sociedade, historicamente segregadas.





NOTA DAS ENTIDADES DE FILOSOFIA APROFFESP E APROFFIB
MINISTRO ABRAHAM WEITRAUB: FORA INIMIGO DA EDUCAÇÃO!

         Abraham Weintraub, desde que assumiu o Ministério da Educação, em abril do ano passado, substituindo o conservador e trapalhão Ricardo Velez, inúmeros ataques foram desferidos àquela que deveria ser a prioridade em qualquer governo democrático: a educação pública. Sem dúvida, os ataques começaram a partir de 2016, no governo Temer, que culminou com a aprovação da Lei 13.415/17, a do tal “novo ensino médio”, que descaracteriza as disciplinas, principalmente da área das Ciências Humanas, em particular, a Filosofia e a Sociologia.
         Com a posse do presidente Jair Bolsonaro, os ataques à educação aumentaram, desta vez não apenas à Filosofia e à Sociologia, mas também à pesquisa científica, às universidades públicas e aos professores em geral, rotulados de “doutrinadores” e “preguiçosos” pelo presidente, seu ministro da educação e seus seguidores fanatizados. As declarações desrespeitosas do presidente nas redes sociais demonstram claramente que o investimento na educação não é primazia nesse governo, mas sim abrir caminho para as empresas privadas de educação em detrimento do investimento público.
       As constantes declarações e a postura do atual ministro Abraham Weintraub, além de envergonhar os que se dedicam à educação, demonstram que o MEC seguirá as diretrizes da política neoliberal, sem a preocupação em diminuir as desigualdades sociais e exclusões culturais as quais, como sabemos, só uma educação de qualidade é capaz de transpor.
         Estupefatos, visualizamos um MEC que se afasta cada vez mais do planejamento e aplicação dos fundos públicos para a garantia dos direitos sociais e um governo cujo projeto norteador é a destruição dos direitos que foram democraticamente conquistados em gestões anteriores com muita luta dos educadores e da sociedade em geral. As reduções orçamentárias que se iniciaram no governo Temer agora são acrescidas de cortes e “contingenciamentos”, não apenas para as universidades públicas, mas também para a educação fundamental, enquanto o ministro dá uma de péssimo humorista com brincadeiras cínicas com aqueles que o criticam. Além de incompetente, é mau caráter. Basta citar as falhas ocorridas na aplicação do último ENEM. Uma balbúrdia e desorganização total!
        Na esteira dos interesses privatistas na área da educação, temos agora um exemplo gravíssimo, pois o responsável pela escolha dos livros didáticos para as primeiras sérias do ensino fundamental, senhor Carlos Nadalim nomeou uma equipe cujos membros não são revelados ao público, mas que sabemos têm relação com grupos conservadores ligados ao “guru” e pseudo filósofo Olavo de Carvalho, atualmente residente nos EUA. Sabemos também que muitas pequenas editoras conservadoras estão prontas e ansiosas para realizar a dica expressa pelo presidente Bolsonaro: “Vamos nós mesmos produzir os livros, pois os atuais são um amontoado com muita coisa escrita e que precisaria ser suavizado...” (declaração dada à imprensa em 03/01/2020). O que o presidente quer dizer com o verbo “suavizar”? Bem, pelas posições de seu ministro Weintraub, já podemos imaginar o desastre que pode vir por aí! Nem falemos de seus erros de português.
       Além desses retrocessos todos e ataques à educação pública e aos educadores, há também o perigo da não renovação do FUNDEB, criado pela Emenda Constitucional n° 53/2006em 2006 e regulamentado pela Lei Federal n° 11.494/2007, que vincula a distribuição dos investimentos em educação às receitas de impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios; além dessas receitas serem garantidas para todos os alunos matriculados, também se destina ao Piso Salarial Nacional dos Professores. Essas conquistas, pois, estão correndo sério perigo na atual conjuntura cujos governos de um modo geral atacam os serviços públicos, alinhados que estão com a sanha privatista que campeia; e o ministro Weintraub é um de seus representantes.
        Tendo em vista o exposto, nós professores/as de Filosofia não iremos nos calar, pois temos a convicção de que a educação e todas as áreas do conhecimento precisam ser defendidas, reafirmadas e ampliadas sempre mais, pois são instrumentos de resistência, transformação e promoção dos trabalhadores na sua luta histórica contra a ignorância, a dominação e a exploração. 

       A APROFFESP/APROFFIB repudiam com veemência tal concepção elitista e excludente do ENEM e da Educação como um todo! Se a Educação não existe para corrigir injustiças sociais, quem as corrigirá?"

“Fora Abraham Weintraub: inimigo da educação”!

São Paulo, 19 de maio de 2020.

Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo

         Associação dos/as Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Brasil                         







segunda-feira, 18 de maio de 2020

MUITOS NÃO VOLTARÃO PRA CASA


 

O isolamento social é difícil, monótono, irritante às vezes...Mas os que estão em casa com pessoas queridas, aproveitem o momento para "curtir" juntos a presença dos que fazem parte de nossas vidas.

E esses momentos de nossa relação nem sempre são "leves" ou de alegria e prazer. Os desencontros também fazem parte do grande encontro da existência. Muitas vezes são estrelas cadentes que nos atingem a todo momento, mas pode ser também um grande meteoro a nos atingir como atingiu o planeta Terra há 65 milhões e os dinossauros foram extintos.

Aproveitemos esse momento de recolhimento, de isolamento social, para aprofundar nossos encontros com os que estão próximos e conosco mesmos. Esse encontro consigo e comigo mesmo é que são elas, não é fácil.

Muitos nesses dias de isolamento, isolados, deprimidos já há tempo infelizmente acabam se encontrando do derradeiro desencontro do suicídio, cujos dados estatísticos não são divulgados porque a nossa sociedade do prazer e do espetáculo procura esconder o triste e inexplicável fenômeno daqueles que tiram a própria vida, negando-lhe, em si mesmos, o sentido que a todo momento a mídia alardeia: "A vida é bela, divirtam-se, cuidem-se, amem-se, comam e bebam".

O suicídio nega, na prática solitária e absurda de um indivíduo, o sentido de tudo isso que viemos acreditando: em Deus, no amor, na saúde e na vida! O suicídio é um mistério, um absurdo, assim como não se explica as ações de um psico ou sociopata: simplesmente é absurdo, um fenômeno que a razão não consegue explicar, entender, e o sentimento não consegue aceitar.

Então, àqueles que estão em casa ou que podem voltar pra casa, não desperdicem seus momentos de alegria junto aos que amam. Curtam a vida, "carpe diem", aproveitem o momento! Muitos já partiram com essa pandemia e nunca mais poderão voltar pra casa; e os que estão em suas casas, como eu, jamais virá aquela pessoa querida chegar em frente ao portão e ver/ouvir seu "cachorro latindo".

Eles e elas partiram para sempre e nenhuma certeza nos garante que nos veremos de novo, que conversaremos como conversávamos e nos abraçaremos como nos abraçavamos. Respeito os que acreditam na "outra vida", no "além", num Deus todo poderoso que "está no controle" ou no Deus Cristão - Jesus Cristo - que nos ama e nos salvou.

O desenrolar da História humana não me permite aceitar tais consolos. Os quinze mil caixões com seus mortos que foram entererrados nos últimos dois meses , lacrados com entes queridos ceifados pelo coronavírus, estão lá inertes e não podem ver ou sentir a luz do sol desse lindo dia de outono.

Este é o triste fato. Mas curtir a vida não significa fazer churrascos e tripudiar os que partiram. Não precisamos "carregar um cemitério sobre os ombros", mas também não podemos ficar gargalhando a desgraça alheia dos que morreram ou dos que perderam seus queridos: filhos/as, pais, mães, avós, tios, irmãos/ãs.

Por mais que a economia volte a crescer, e crescerá sempre para uma minoria, os que se foram jamais voltarão; e os que ficaram, nunca mais poderão vê-los! Por isso não tenho o direito de ficar "leve" e achar que nada aconteceu.

Vamos viver a vida que, se não tem sentido, nada nos impede de darmos algum sentido a ela, como sugeriu o filósofo francês Jean-Paul Sartre. Para ele, tal SENTIDO não pode ser individual, pois o sentido da existência é coletivo e sempre exige de nós RESPONSABILIDADE diante de todos e diante do mundo. Mas sem desespero. Curtamos a canção interpretada por Raimundo Fagner - RETROVISOR - que canta a volta para casa, ao mesmo tempo que é "...levado pelo "movimento que sua falta faz"...Todavia, "Quem sabe tudo estará sorrindo quando eu voltar". É triste, lamentavelmente muitos não voltarão!

São Paulo, 17 de maio de 2020 - 


Prof. Ms. Chico Gretter - filósofo - Diretor da APROFFESP

sábado, 16 de maio de 2020

A FILOSOFIA TOMA PARTIDO: CONTRA A EXCLUSÃO.

A APROFFESP juntamente com as Entidades estudantis, conselhos educacionais, sindicatos e organizações da sociedade civil exige o Adiamento do Enem.
Saiba mais: 10 motivos pelos quais é necessário pensar em adiar o Enem 2020https://catracalivre.com.br/educacao/10-motivos-pelos-quais-e-necessario-pensar-em-adiar-o-enem-2020/

quarta-feira, 13 de maio de 2020

NOTA CONTRA A IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE MORTE A POBRES E IDOSOS/AS

       Com agravamento da pandemia do Covid-19, e o anunciado colapso na saúde pública e privada de forma gritante no SUS. Subscrevemos a presente nota elabora pela Enfrente!
      Convidamos às Entidades comprometidas com a defesa da Vida para que assinem.

NOTA CONTRA A IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE MORTE A POBRES E IDOSOS/AS

       Diante desta licença para matar, precisamos fazer uma ampla campanha contra o protocolo de morte que vem sendo instruído no Rio de Janeiro e, na prática, em vários estados brasileiros; e que os Estados assegurem a todos e todas o direito à vida, independentemente de seu estado de saúde ou idade.

      Sabemos que a discriminação já ocorre no cotidiano do atendimento público, mas a sociedade precisa reagir contra esta política da “velhofobia” ou gerontofobia, da necropolítica, de tratar o idoso como uma sucata humana e de implementar uma “cultura” da banalização da vida. Esse debate não deve se limitar aos interesses e conveniências dos políticos e das entidades médicas responsáveis pela Ciência, pois, mais uma vez, vai contra o juramento de Hipócrates, Pai da Medicina (460 – 377 a.C.). Os defensores desse tipo de licença para matar os indefesos, os fragilizados e os idosos, fogem à razoabilidade humana e ao primado da vida em todos os aspectos.

       Somente numa sociedade doente e de orientação nazifascista é que estes pressupostos foram  adotados, desrespeitando as crenças e valores do nosso povo e fugindo ao debate da Bioética. Verificamos na sociedade um “abandono de incapazes” para com os idosos os quais não estão pedindo favor, uma vez que todos contribuímos com os impostos arrecadados pelo Estado e a devolutiva é dever do mesmo, independente do estado de saúde em que o cidadão se encontra, principalmente os mais velhos.

      Essa atitude desumana nesses tempos obscuros é um triste atestado de falência do modo de produção capitalista que, assim, demonstra seu esgotamento e sua derrocada é irreversível, mas que precisamos acelerar com a nossa ação revolucionária. Precisamos, ao contrário do que querem manter o sistema de exploração, avançar no debate sobre a valorização dos "jovens há mais tempo", criando as Escolas Sapienciais, valorizando os idosos e idosas, uma vez que os mesmos são portadores de profunda sabedoria, letrada ou não, adquirida e acumulada pela leitura, estudo e vivência do mundo, durante toda sua vida. Negar esse capital humano, além de ser desumano, é burrice!

       O recorte histórico de classe nesta pandemia está escancarado, uma vez que os sacrificados são os da periferia, independentemente de idade, pois ainda nos deparamos com dois mundos, aqueles do mundo do atendimento privado em grandes e ricos hospitais e aqueles do mundo dos abandonados que são atendidos pelo sucateado Sistema Único de Saúde – SUS, ora morrendo em casa ou nas portas dos hospitais ou corredores das enfermarias, implorando pela necessidade vital e pelo direito de respirar.

      Neste sentido, devemos repudiar e fazer campanha em favor da vida, não permitindo que se aprove este consentimento legal, que é uma espécie de licença para matar ou deliberadamente deixar alguém morrer. Não podemos naturalizar o que não é natural. Para tanto, vamos lutar por:

- Campanhas de valorização salarial e indispensáveis equipamentos de proteção aos trabalhadores da Saúde;

- Taxação das grandes fortunas, estabelecendo renda básica aos trabalhadores desempregados;

- Manutenção do distanciamento - isolamento social;

- Estatizar e direcionar empresas para produção de insumos, remédios e vacinas, para o efetivo atendimento médico humanizado;

- Assegurar aos indígenas o direito à sua existência, impedindo as atuais agressões contra nossos povos primeiros que não possuem as mesmas defesas imunológicas que os brancos têm;

- Unificar os trabalhadores do campo e da cidade contra a política genocida do presidente e seus apoiadores;

- Ocupar os leitos dos hospitais privados para o atendimento igualitário dos doentes o mais rápido possível;

- Retomada do convênio com o governo cubano para trazer de volta os milhares de médicos que tiveram de deixar o país devido à hostilidade do atual governo, para ampliar o atendimento às pessoas desassistidas;

- Exigir o exame “revalida”, não aplicado desde 2017, para os milhares de médicos que se formaram no exterior e estão incapacitados de exercer a medicina no país por mera formalidade burocrática e corporativista.

- Ampliar a luta pelo “#Fora Bolsonaro”, cassação da chapa e por novas eleições no Brasil, antes que o caos se instale de vez!

No mundo da barbárie capitalista, unamo-nos no esforço de construção de uma sociedade democrática e socialista!

ENFRENTE! Corrente Política, Sindical e dos Movimentos Sociais e Estudantil.

APROFFESP - Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo

APROFFIB - Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos do Brasil

13 de maio: Vamos denunciar o racismo e reescrever a verdadeira história do Brasil

Por Aldo Santos

Nestes 132 anos que nos separam da farsa da “abolição” da escravatura no Brasil, os negros carregam dupla herança de exploração e exclusão: enquanto pobres, submetidos à marginalização imposta pelo capitalismo, comum à imensa maioria da população brasileira; enquanto negros, ainda hoje sofrem com as conseqüências do racismo, embora escancarado, não assumido.

A discriminação se dá nos variados setores da sociedade, desde a falta de acesso ao mercado de trabalho (e à salários compatíveis com brancos em mesma função), à educação, bem como e sobretudo à ausência nas instâncias de poder e decisão, quer nos setores políticos, sociais ou religiosos.

Do ponto de vista teológico, a escravidão foi justificada a partir do relato bíblico, (gênesis. 9,18-27), conforme consta do livro (Racismo, Preconceito e Intolerância de Edson Borges, Carlos Alberto Medeiros, Jaques D´Adesky, pág, 15, editora Atual, terceira edição.).”Em decorrência da praga rogada por Noé-Maldito seja Canaã, filho de Cam-, a história registrou diversas leituras preconceituosas daquele mito bíblico, como a que relata que, desde então, a vontade divina repartiu o mundo entre os filhos de Jafé (Europeus), Sem (Semitas) e Cam (africanos)”. ”O pecado original dos negros e a maldição de Cam são temas abordados também pelo professor de literatura brasileira Alfredo Bosi, em um brilhante trabalho intitulado Sob o signo de Cam, no qual analisa os dois mais belos poemas de Castro Alves, Vozes d´África e o navio negreiro, concluindo que esses velhos mitos bíblicos serviram ao novo pensamento mercantil para justificar o tráfico negreiro”. O mesmo livro faz referência a publicação de Edílson Marques da Solva que em seu livro “ negritude e fé, afirma que uma teologia de caráter racista esteve na base de todo o processo de colonização do Brasil”.

A história oficial, sob a ótica dos brancos-colonizadores, impregnou na sociedade por mais de quatro séculos a visão preconceituosa que associa o negro à escravidão, à improdutividade e à inferioridade. No entanto, o resgate histórico das experiências de resistência da raça negra e de outros segmentos da maioria oprimida é uma prática recente e que nos remete a heróis como Zumbi dos Palmares e sua luta de libertação.

O Quilombo de Palmares foi uma ousada aventura libertária que resistiu quase 70 anos às investidas do governo colonial. Lá viveram em torno de 20 mil escravos que lutaram por sua liberdade, organizando um novo modelo de sociedade. A história do Brasil na leitura e perspectiva do negro aponta o marco da verdadeira Consciência Negra como sendo o Dia 20 de Novembro, data em que assassinaram Zumbi dos Palmares, no ano de 1695.

Se a exploração e o massacre marcaram e marcam até hoje a história dos negros no Brasil, também é verdade que a utopia dos quilombos alimenta a fome de liberdade e de identificação desta raça, que ainda hoje,apesar de discriminada e violada em seus direitos básicos e em sua dignidade, resiste com sua cultura e seu poder de resistência a toda e qualquer violência perpetrada pelos atuais senhores da Casa Grande.

Ao contrário de representar uma reparação às atrocidades e desrespeito com a raça negra, (a abolição de 13 de maio de 1888 foi uma saída de mercado. A proibição do tráfico negreiro (lei Eusébio de Queiroz, 1850) foi motiva por pressões externas de países onde o capitalismo já avançava em sua fase industrial, processo este liderado pela Inglaterra. Longe de ser um gesto humanitário da Senhora Isabel, este ato significou a mudança nas relações econômicas e no padrão de consumo. As transformações econômicas, porém não significaram mudanças na qualidade de vida da população negra. Da escravidão abjeta e desumana, o povo negro foi atirado no abandonando passando a perambular em busca de abrigo e alimento, muitas vezes doente e moribundo, sem amparo dos senhores de engenho e do Estado, tanto Monárquico quanto o Estado Positivista “Ordem e Progresso” Republicano.

A importação de escravos transformou-se em contrabando, elevando o preço do escravo e a sua utilização enquanto mão de obra anti-econômica. Assim, paralelamente o governo monárquico brasileiro passou a incentivar a importação de trabalhadores europeus.

Desta forma se dá a transição do trabalho escravo negro para o trabalho “livre”. Por não atenderem mais as necessidades do mercado, milhões de trabalhadores negros se viram abandonados, sem direitos, sem trabalho, sem casa, sem família, destituídos de lugar social.

Como bem expressa o texto produzido pelo Fórum Nacional dos Trabalhadores Negros: “Saímos, então, das mãos dos sinhozinhos e caímos na marginalidade por falta de trabalho remunerado e casa para morar. Este é um dos motivos que neste dia 13 de maio não podemos comemorar a libertação. Pelo contrário, hoje o preconceito racial está mais vivo do que nunca”.

Com a palavra os trabalhadores negros: “Nós negros somos discriminados e marginalizados, nossas crianças são vítimas da violência. Cerca de 70% dos assassinatos de menores no Brasil na faixa de 13 a 17 anos são de negros. A maioria é nascida em favela e pertencem a famílias com uma renda inferior a um salário mínimo “. (Documento da Anistia Internacional).

As mulheres negras estão sendo esterilizadas, sem ao menos ter o direito de escolha… A maior ocorrência tem sido nas regiões Norte e Nordeste… Somos discriminados no local de trabalho. Os jornais trazem anúncio solicitando pessoas de “boa aparência” – racismo velado – para contratação. Na verdade há diferenças salariais. Tem negro que faz o mesmo tipo de trabalho de um branco e recebe salário menor – os brancos representam 57% da força de trabalho e ficam com 72% do rendimento, enquanto os negros e pardos representam 40% da força de trabalho, ficando apenas com 25% do rendimento – Os negros são alvo de preconceito também pela polícia. Basta um negro ficar na rua à noite e não ter registro em carteira para ser considerado marginal – Pesquisa da Datafolha, realizada com 1080 entrevistados, dois dias após a exibição do vídeo pela TV, onde policiais militares de Diadema apareceram torturando e extorquindo civis e dando o tiro que matou o mecânico Mário José Josino, parado durante a blitz na favela Naval, mostrou que os negros são abordados com maior freqüência pela polícia, recebem mais insultos e mais agressões físicas que os brancos ou qualquer outro grupo étnico. Entre os entrevistados da raça negra, quase a metade (48%) já foi revistada alguma vez. Desses, 21% já foram ofendidos verbalmente e 14%. agredidos fisicamente. Enquanto entre os brancos, 34% já passaram por uma revista policial, 17% ouviram ofensas e 6% já foram agredidos, ou seja, menos da metade da incidência com negros.

Contra fatos não há argumento.
O racismo existe e deve ser exterminado da sociedade.

– Contra a discriminação racial no mercado de trabalho;

– Contra a discriminação da mulher;

– Contra a violência policial sobre pobres e negros;

– Pela extinção dos conteúdos discriminatórios e xenófobos nos livros e materiais didáticos;

– Pela inclusão de fato da História da África no currículo escolar;

– Em defesa das políticas de reparações históricas e a instituição das cotas para negros nas faculdades públicas, autarquias e particulares .

– Pelo feriado de Nacional de 20 de novembro.

– Pela implantação da capoeira na grade curricular das escolas públicas municipais e estaduais.

– Pela organização do “Museu da Raça Negra” nas cidades Brasileiras.

– Pela implantação nos municípios de Secretarias de Gênero etnia, para encaminhar as demandas gerais e específicas.

Aldo Santos-ex-vereador em SBC, coordenador da APEOESP SBC, Diretor da APROFFESP , vice presidente da  APROFFIB, militante do Psol e da Enfrente!

PARTICIPE DA LIVE - 13 DE MAIO ÁS 17h00 

Importante debate promovido pelas Associações de Filosofia Aproffesp e Aproffib. Com Aldacir Fonseca de Souza, representando o Movimento Negro, Luanda Julião a Aproffesp, Marcos Silva e Silva a Aproffib e Aldo Santos representando a Enfrente!




sexta-feira, 1 de maio de 2020

Enfrente!: 1° DE MAIO: Uma história de luta da classe trabalh...

Parabéns ao nosso querido fundador, vice presidente Anísio Batista, muito nos honra sua história de luta.



Enfrente!: 1° DE MAIO: Uma história de luta da classe trabalh...: Neste 1° de Maio de 2020, a Enfrente! Corrente política, sindical, dos movimentos sociais e estudantis homenageia o Sr. Anizio Batista, mil...

1° De Maio às 16 horas - Live: Os desafios do mundo do trabalho na atualidade.

Participe da Live promovida pela APROFFESP e pela APROFFIB
1° De Maio às 16 horas.Os desafios do mundo do trabalho na atualidade.

Dia Internacional dos TRABALHADORES, dia de luta!
Os neoliberais querem reformas para retirar nossos direitos conquistados em lutas históricas, inclusive com a morte de muitos! Aos operários de Chicago que se tornaram símbolo dessa luta, nosso compromisso em continuar lutando!

  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...