quarta-feira, 27 de março de 2019

Professora Marilena Ferreira V. Umezo, Presente hoje e sempre!


Nota de pesar pela morte trágica da coordenadora da E. E. Raul Brasil e também 
Professora de Filosofia Marilena Ferreira V. Umezo

A APROFFESP já publicou uma nota de apoio e pesar pelos acontecimentos trágicos na E. E. Raul Brasil, em Suzano – SP, ocorrido no último dia 13/03, mas não poderia deixar novamente vir a público reiterar nosso mais profundo pesar ao tomar conhecimento de que Marilena Ferreira V. Umezo era também professora de Filosofia.

O seu assassinato absurdo nos entristece muito, todavia, nos enche de orgulho ao saber que uma companheira nossa, filósofa, estava presente no trágico momento em que seus assassinos, ex-alunos, adentraram-se na escola e, recebidos com o seu habitual e franco sorriso, teve como resposta apenas tiros que a mataram! Como ela poderia imaginar que um ex-aluno pudesse cometer tamanho desatino?

Para deixar registrado aqui o pensamento e a prática da professora Marilena, vários depoimentos de alunos dão conta de que ela, além do sorriso e atenção para com todos, também era muito interessada no aprendizado dos mesmos, principalmente o seu amor aos livros, à importância da leitura, sendo a biblioteca escolar um de seus locais prediletos. Ela, respondendo à onda dos que defendem a liberação dar armas e a militarização das escolas, postou recentemente em sua página nas redes sociais:

"Os livros são a melhor arma para salvar o cidadão"!

Esta frase sintetiza o pensamento pedagógico de Marilena, cujo nome é o mesmo de uma das maiores filósofas brasileiras, a também professora Marilena Chauí. São essas mulheres que nos orgulham e nos animam a continuar a luta por uma educação pública melhor, de qualidade e que reconheça de fato o valor de nossos professores/as de todas as disciplinas.

Aliás, a grande mídia, ao cobrir a tragédia de Suzano, pouco ou quase nada falou dos professores da escola Raul Brasil. Manifestaram-se policiais, comandantes, secretários, governadores, alunos, porém não escutamos a voz dos educadores! Por que esse silêncio? Todos palpitam sobre educação, nos jornais, TVs e rádios, mas pouco se ouve o que os educadores reais e concretos têm a dizer sobre, por exemplo, o problema da violência nas escolas, que é um reflexo da violência que se espalha pela sociedade. E por que silenciam os educadores? Não só isso, muitos estão culpando os professores/as pela má qualidade da educação pública, querendo inclusive aprovar leis para nos amordaçar no exercício de nossa profissão, como quer o movimento “escola sem partido”. É lamentável que isso ocorra e até mesmo com a bênção do atual ministro da educação.

Tristes com a morte de Marilena, mas revigorados com o seu exemplo de vida, nós professores de Filosofia do Estado de São Paulo prestamos nossas condolências aos familiares e aos colegas da E. E. Raul Brasil pela tragédia e nos unimos a todos os educadores do Brasil que enfrentam no dia a dia a violência que vem das ruas e a violência que vem de um Estado muitas vezes omisso e opressor!

Os filósofos e filósofas não se calarão: Marilenas, Marielles, Marias: presente!

São Paulo, 15 de março de 2019.


DIRETORIA DA APROFFESP



domingo, 24 de março de 2019

APROFFESP: Na Luta Contra a Reforma da Previdência!

A APROFFESP esteve presente na grandiosa Assembleia de Professores do dia 22/03 na Praça da República e marchou rumo à Paulista para junto com toda a Classe Trabalhadora barrar a Reforma da Previdência e defender a Educação Pública, Sem Mordaça, laica e de qualidade.

Participaremos do chamado para o dia Dia 26/04 em preparação  a Greve.Contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro, por reajuste salarial e condições de trabalho.


 CONTRA O EXÍLIO DA FILOSOFIA E  DEMAIS DISCIPLINAS: A FILOSOFIA TOMA PARTIDO!









Mais de 70 mil vão às ruas na Capital-SP, contra a Reforma da Previdência

Foi um dia cheio de energia e mobilização pelo País, contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro e seus incompetentes ministros.

A demostração de vitalidade dos movimentos sindicais e sociais, avançam no rumo certo da construção de uma greve geral que está sendo preparada pelas centrais sindicais e o conjunto da sociedade que já perceberam a roubada que foi eleger este governo.


Precisamos derrotar nas ruas esta famigerada reforma que privilegia os militares, esmagas os mais pobres e condenam as mulheres e uma grade contingente humano a morrer sem se aposentar.

O caminho é da greve geral contra a reforma e contra este desastroso Governo de extrema direita no Brasil.

É Preciso, Resistir Lutar e Vencer!

quarta-feira, 20 de março de 2019

BOLETIM APROFFESP: Março/Abril 2019



EDITORIAL

A APROFFESP – Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo tem escrito ao logo da última década uma história exitosa, ampliando seu espaço de atuação como interlocutora efetiva dos professores/as de Filosofia e Filósofos/as do nosso Estado, superando grandes desafios em defesa da presença da Filosofia em todas as esferas do ensino público e privado. Temos clara posição contra a reforma do ensino médio e a nova BNCC que desobriga todas as disciplinas, com exceção da Língua Portuguesa e da Matemática; retira a obrigatoriedade das disciplinas de Sociologia e Filosofia, atendendo assim as necessidades do mercado capitalista que é regido pelo tecnicismo e pela lógica empresarial em detrimento de uma educação crítica e emancipadora, laica, gratuita e de qualidade para todas e todos.

Agradecemos as associadas e associados da APROFFESP, ao esforço coletivo que possibilitou inauguramos uma nova forma de refletir e elaborar a Filosofia e exercer a práxis filosófica, aliando pensamento e ação, compromisso pedagógico e ação ético-política. Muitas batalhas nos esperam pela frente, mas unidos e organizados, continuaremos enfrentando nossos adversários e desta forma construiremos uma educação de qualidade e uma sociedade melhor para todos nós!












Aldo Santos- Ex-vereador em SBC,Presidente da APROFFIB
Diretor Sindical da APROFFESP
militante sindical, popular e membro do Psol.

O governo tenta inviabilizar sindicatos.

O governo de Bolsonaro vem investindo contra os movimentos sociais, indígenas, gênero e etnia, ora diretamente, ora por seus agentes e colaboradores de plantão. Um brutal ataque ao movimento sindical foi à apresentação da medida provisória 873/2019, onde a contribuição sindical passará a ser feita via boletos bancários. É evidente que tal medida pode e deve ser questionada judicialmente, mas a intencionalidade do desmonte sindical está em curso em todo país.
No jornal folha de SP, datado de 17/03/2019, está estampado o seguinte título: “Petrobras corta taxa sindical de folha de salário”, onde a empresa informa a Federação Única dos Petroleiros que cumprirá a vigente medida provisória, o que certamente vai causar enorme transtorno e até poderá inviabilizar o efetivo funcionamento dos referidos sindicatos que congregam mais de 100 mil trabalhadores. 

Na última sexta feira, um funcionário público de São Bernardo do Campo me enviou cópia do seguinte oficio, de número 028/2019-AS. 4, onde o assunto era: Medida Provisória 873/2019. O mesmo afirma que “em cumprimento à vedação expressamente prevista na medida provisória, e, após manifestação exarada pela Procuradoria Geral do Município, informamos que, a partir do presente mês, o departamento de gestão de pessoas ficará impedido de processar todo e qualquer desconto em folha de pagamento de valores de caráter sindical, ou seja, contribuição confederativa prevista na constituição federal, mensalidades e demais contribuições sindicais, arroladas no Art. 579-A, da Consolidação das leis do trabalho (CLT), uma vez que tais cobranças deverão se dar por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico, nos termos regulamentados na norma ora vigente”. O presente ofício foi assinado pelo Diretor de departamento de gestão de pessoas e pelo Secretário de Administração e Inovação, encaminhado a presidente do sindicato dos servidores municipais de São Bernardo do Campo.

Neste contexto de rebaixamento e retiradas das parcas conquistas que obtivemos ao longo dos anos, o governo avança para tentar acabar com toda e qualquer forma de resistência e das organizações legitimas dos trabalhadores.

Portanto, é urgente a nossa organização para derrotar este governo de extrema direita que não respeita estas representações sindicais, internacionalmente asseguradas e até valorizadas pelos governantes. 
Ou enfrentamos lutando nas ruas e nas esquinas da vida ou sucumbiremos a estes usurpadores do poder.

Lutar, Resistir e vencer é preciso!




Lúcia Peixoto, Presidenta da APROFFESP, 
Professora de Filosofia Filósofa, Poetisa e 
Militante das casas sociais.



"Basta uma crise política, econômica e religiosa, para que os direitos das mulheres sejam questionados" (Simone de Beauvoier)

Neste 08 de março de 2019, Dia Internacional da Mulher, nos juntamos uma vez mais às mulheres de todo o mundo num abraço sorórico em defesa da igualdade de gênero e do respeito à diversidade. Hoje sabemos que a luta por igualdade vai além da “utopia de um mundo fraterno”, visto que fraternidade (aliança ou entre irmãos) não garante lugar para nós mulheres, fazendo-se necessário um novo paradigma de sororidade (aliança entre irmãs) para que juntas possamos assumir nosso protagonismo e então, lado a lado com aqueles que comungam dos mesmos ideais de igualdade, marcharmos rumo à construção de um outro modelo de sociedade.

Sororidade para nós significa aliança firmada entre mulheres, baseada na empatia, irmandade e companheirismo. Estranhamente a palavra não existe na língua portuguesa, oficialmente. No dicionário, a que mais se aproxima seria a palavra fraternidade, advinda do termo latino frater (irmão), que significa tanto solidariedade de irmãos como harmonia entre os homens. Já do termo latino soror (irmã), nenhuma palavra se originou, o que nos sugere o primeiro questionamento sobre o lugar subalterno do feminino na construção histórica da sociedade brasileira. O lapso no léxico de nossa língua, e certamente de outras, revela isso!

No campo filosófico no qual nos inserimos são evidentes as marcas de séculos da cultura patriarcal e machista que usurparam de nós o lugar de fala na construção e difusão do pensamento crítico filosófico, nos desafiando hoje ao debate franco, fraterno e sorórico com todas e todos que se espantam diante da necessidade de combater “ideias conservadoras” que emergem dos porões da história patriarcal, apregoando a desigualdade de gênero, como se a humanidade fosse dual e passiva de classificação nas cores “azul e rosa” e não se configurasse num arco íris de diversidades, com uma gama imensurável de representações.

Juliana Pacheco, em Filósofas: a presença das mulheres na filosofia (2016), nos oferece um rico itinerário que possibilita aprofundar o estudo sobre a presença das mulheres na História da Filosofia, desde a Idade Antiga até a Contemporânea. Hipátia, Aspásia, Safo de Lesbos, Hildegarda de Bingen, Olympe de Gouges, Lou Andreas-Salomé, Hannah Arendt, Simone de Beauvoir, Susan Sontag, Graciela Hierro, Angela Davis, Judith Butler, são exemplos citados pela autora de empoderamento feminino seguidos por tantas outras mulheres que ousam protagonizar suas próprias histórias, no campo filosófico e nas demais áreas do conhecimento. Não podemos esquecer da interlocutora de Sócrates no Diálogo de Platão – O banquete - a figura marcante de Diotima.

Se é fato que os últimos anos registraram grandes avanços quanto a igualdade de gênero, é verdade também que aumenta de forma inadmissível os índices de violência contra as mulheres. No âmbito privado continuam ocorrendo os crimes de violência doméstica, espaço que Hannah Arendt define como sendo das necessidades e da privação: “A esfera privada não é o espaço da intimidade e da privacidade, mas o das necessidades e da privação, ou seja, aqueles hierarquicamente considerados inferiores são privados da relação com os outros pela palavra e pela ação na construção e nas decisões concernentes ao mundo comum, isto é, à existência política.” Na esfera pública avançam as políticas sexistas embasadas no conservadorismo e no fundamentalismo religioso colocando em risco a eficácia de leis de proteção como a Lei Maria da Penha; é tamanho o retrocesso e a irresponsabilidade de agentes públicos que o governador do estado de São Paulo João Dória vetou o funcionamento 24 horas das poucas delegacias da mulher que existem no Estado, ignorando os alarmantes índices de violência que em grande parte dos casos tem resultado em feminicídio. É um absurdo! 

Nessa perspectiva, Marilena Chauí concebe a violência contra as mulheres como consequência de uma ideologia que define a condição “feminina” como inferior à condição “masculina”, desembocando em desigualdades hierárquicas que se impõem por meio de discursos masculinos sobre a mulher, os quais se direcionam, também, ao corpo da mulher. O discurso masculino sobre o corpo feminino define a feminilidade através da capacidade da mulher reproduzir. Naturaliza a condição “feminina” que se manifesta na maternidade, bem como na ideia de corpo frágil (ou sexo frágil), construindo os alicerces para a diferenciação entre papéis femininos e masculinos, papéis esses que propiciam desigualdades hierárquicas entre homens e mulheres. 

Combater a desigualdade e lutar por equidade de gênero é lutar contra o conservadorismo patriarcal, contra o falso moralismo em defesa da vida e da dignidade humana ameaçadas pela atual política do “desgoverno federal”. É lutar contra a reforma da Previdência que atingirá principalmente as mulheres trabalhadoras. Neste 08 de março lembramos a mensagem de Ivone Gebara de que precisamos ir além da defesa do feminismo, devemos “sensibilizar e conscientizar a sociedade não apenas para a causa da dignidade feminina, mas para as necessárias mudanças estruturais que possibilitem uma nova relação entre as pessoas”.

Também neste 08 de março lembramos o brutal assassinato de Marielle Franco que irá completar um ano no próximo dia 14/03, sem que quase nada foi elucidado do crime.

Pedimos justiça para Marielle, o motorista Anderson e para todas as mulheres vítimas de violência e feminicídio! Pedimos justiça também para todos os homens, jovens e crianças que perecem sob a mira das armas, tanto dos bandidos como de policiais despreparados e treinados segundo uma lógica militar perversa e geradora de mais violência ainda. O estado não pode continuar omisso e muitos de seus agentes de segurança protegendo milicianos e assassinos. Basta!

MARIELLE PRESENTE, HOJE E SEMPRE!



                                                      
 Chico Gretter, Diretor 
de Politicas Pedagogicas da APROFFESP
Filosofo, Mestre em Filosofia da Educação

A APROFFESP já publicou uma nota de apoio e pesar pelos acontecimentos trágicos na E. E. Raul Brasil, em Suzano – SP, ocorrido no último dia 13/03, mas não poderia deixar novamente vir a público reiterar nosso mais profundo pesar ao tomar conhecimento de que Marilena Ferreira V. Umezo era também professora de Filosofia.

O seu assassinato absurdo nos entristece muito, todavia, nos enche de orgulho ao saber que uma companheira nossa, filósofa, estava presente no trágico momento em que seus assassinos, ex-alunos, adentraram-se na escola e, recebidos com o seu habitual e franco sorriso, teve como resposta apenas tiros que a mataram! Como ela poderia imaginar que um ex-aluno pudesse cometer tamanho desatino?

Para deixar registrado aqui o pensamento e a prática da professora Marilena, vários depoimentos de alunos dão conta de que ela, além do sorriso e atenção para com todos, também era muito interessada no aprendizado dos mesmos, principalmente o seu amor aos livros, à importância da leitura, sendo a biblioteca escolar um de seus locais prediletos. Ela, respondendo à onda dos que defendem a liberação dar armas e a militarização das escolas, postou recentemente em sua página nas redes sociais:

"Os livros são a melhor arma para salvar o cidadão"!

Esta frase sintetiza o pensamento pedagógico de Marilena, cujo nome é o mesmo de uma das maiores filósofas brasileiras, a também professora Marilena Chauí. São essas mulheres que nos orgulham e nos animam a continuar a luta por uma educação pública melhor, de qualidade e que reconheça de fato o valor de nossos professores/as de todas as disciplinas.

Aliás, a grande mídia, ao cobrir a tragédia de Suzano, pouco ou quase nada falou dos professores da escola Raul Brasil. Manifestaram-se policiais, comandantes, secretários, governadores, alunos, porém não escutamos a voz dos educadores! Por que esse silêncio? Todos palpitam sobre educação, nos jornais, TVs e rádios, mas pouco se ouve o que os educadores reais e concretos têm a dizer sobre, por exemplo, o problema da violência nas escolas, que é um reflexo da violência que se espalha pela sociedade. E por que silenciam os educadores? Não só isso, muitos estão culpando os professores/as pela má qualidade da educação pública, querendo inclusive aprovar leis para nos amordaçar no exercício de nossa profissão, como quer o movimento “escola sem partido”. É lamentável que isso ocorra e até mesmo com a bênção do atual ministro da educação.

Tristes com a morte de Marilena, mas revigorados com o seu exemplo de vida, nós professores de Filosofia do Estado de São Paulo prestamos nossas condolências aos familiares e aos colegas da E. E. Raul Brasil pela tragédia e nos unimos a todos os educadores do Brasil que enfrentam no dia a dia a violência que vem das ruas e a violência que vem de um Estado muitas vezes omisso e opressor!

Os filósofos e filósofas não se calarão: Marilenas, Marielles, Marias: presente!

No dia 11 de Abril realizaremos as Plenárias Regionais e a Plenária Estadual da APROFFESP
este será mais um momento de fortalecimento da nossa entidade para enfrentar os graves ataques do governo contra os efeitos nefastos da Reforma do Ensino Médio e da Nova BNCC. 



Contato: aproffespestadual@gmail.com – 11 951281352

Presidente: Lúcia Martins Peixoto, Caieiras, SP;
Vice-presidente: Anízio Batista de Oliveira, Capital, Zona Sul;
Secretário: Valmir João Schmitt, Capital, Oeste - Lapa;
1ª Secretária: Alvira Soares Reis, Capital, Santana – Zona Norte;
Tesoureira: Sônia Almeida, S. Bernardo do Campo, SP;
1° Tesoureiro: José de Jesus Costa, Osasco, SP;
Diretor de Comunicação e Propaganda: Jadir Antônio da Silva, Capital, Centro - Sul;
Diretor Adjunto de Comunicação e Propaganda: Marcos Rubens Ferreira, Capital, Noroeste;
Diretor de Políticas Pedagógicas: Francisco Paulo Greter, Capital, Centro;
Diretor Adjunto de Políticas Pedagógicas: Ivo Lima dos Santos, Capital, Zona Norte;
Diretor Articulador das Ciências Humanas e Currículo: Ronaldo Gomes Neves, Diadema, SP;
Diretor de Relações Sociais e Movimento Sindical: Aldo Josias dos Santos, SBC, SP;
Diretor Organizativo da Capital: Ocimar Freitas, Capital, Zona Sul;
Diretora Organizativa da Grande São Paulo: Lúcia Denardi, São Bernardo do Campo, SP;
Diretor Organizativo do Interior: Ademir Alves de Lima, São José dos Campos, SP;
Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Odair Salomão, São José do Rio Preto, SP;
Diretor de Relações Acadêmicas: Marcos da Silva e Silva, Santo André, SP;
Diretora Adjunta de Relações Acadêmicas: Luanda Gomes dos Santos Julião, Capital, Centro-Sul, SP.









quinta-feira, 14 de março de 2019

Nota de pesar e solidariedade às famílias das funcionárias e alunos da E.E Raul Brasil em Suzano, Estado de São Paulo



ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES/AS  DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS/AS  DO ESTADO DE SÃO PAULO
http://aproffesp.blogspot.com – Facebook.com/aproffesp Estadual





Nota de pesar e solidariedade às famílias das funcionárias e alunos da E.E Raul Brasil em Suzano, Estado de São Paulo

A APROFFSP manifesta profundo pesar diante do trágico acontecimento ocorrido na E.E. Raul Brasil no dia 13 de março de 2019; nos solidarizamos com toda a comunidade escolar, educadores, alunos, pais, dirigentes, e prestamos condolências às famílias que tiveram ceifados seus entes queridos neste brutal ataque.

Não podemos nos calar diante da escalada da violência no Brasil e no mundo. Como agentes comprometidos com a educação e com o desenvolvimento do pensamento crítico emancipador, precisamos olhar para o ato insano e enxergar para além da crueldade isolada da ação dos “assassinos/suicidas de Suzano”. Esta ação elaborada cuidadosamente pelos autores, anunciada com antecedência nas redes sociais e por fim executada sem dificuldades, é um alerta para a absurda situação de vulnerabilidade dos alunos e funcionários, como alheias estamos todos nós em nossas Unidade Escolares, na sua maioria negligenciadas pelo poder público, transformadas em depósito de alunos e nos impondo a função de guardiões de vidas coisificadas.

Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica da escola, e Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, inspetora, utilizaram na hora do ataque para defesa dos alunos/as a única arma disponível que tinham: a própria vida! Entendemos que a Educação sempre foi e continua sendo a única arma capaz de combater a violência e restituir à nossas escolas o seu verdadeiro papel, de formar para a cidadania num ambiente acolhedor, sem tantas grades, sem militarização, com respeito e ética.

A Violência não será contida com mais violência ou repressão, como querem alguns que difundem o armamento da população e a militarização das escolas. É evidente que a segurança pública é importante e deve ser ampliada e qualificada. Mas a escalada da banalidade da vida só pode ser combatida com o esperançar pedagógico libertador, com liberdade de cátedra, respeito às diferenças e a diversidade educacional, transformando as unidades escolares em espaços de liberdade e convivência pacífica.

DIREÇÃO DA APROFFESP ESTADUAL

São Paulo, 14 de março de 2019.


segunda-feira, 11 de março de 2019

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO DA DIREÇÃO ESTADUAL DA APROFFESP - 09/03/19

A Direção Estadual da Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo realizou sua reunião ordinária em 09 de março de 2019 com a presença de militantes da Bélgica que enriqueceram nossa análise de conjuntura sobre o atual cenário educacional no Brasil.

A pauta central tratou da organização das Plenárias Regionais e Estadual da Aproffesp. O atual momento exige de nós articulação para fortalecer a APROFFESP na luta em defesa da filosofia para uma educação crítica, laica, gratuita e de qualidade.


informes Importantes:

APROFFESP participou das atividades do 08 de março, "Tomando Partido em Defesa da Vida". Repudiamos o aumento de casos de feminicídio e de toda e qualquer forma e violência contra a mulher e que fere a dignidade humana, em São Paulo a Marcha das Mulheres contou com cerca de 50 mil pessoas, tendo como eixo central a defesa da igualdade de gênero e a luta contra a reforma da previdência.

APROFFESP Participará do Congresso da INTERSINDICAL com a indicação da nossa presidenta Lúcia Peixoto como delegada, das diretoras Sonia Maria Almeida e Lúcia Denardi o membro da Regional da Aproffesp - SBC Vanderlei e o Diretor Sindical da Aproffesp e presidente da APROFFIB Aldo Santos como ouvintes.

APROFFESP estará representada pelo nosso Diretor Chico Gretter na atividade que acontecerá no Sindicato dos Artistas no dia 15/03 - Palestra "Faça a Diferença" com Filósofo Fábio Alexandrelli.


APROFFESP Convoca para a paralisação do dia 22/03, participaremos da Assembleia da APEOESP ás 14 horas na Praça da República e do Ato Unificado Contra a Reforma da Previdência e por Uma Escola Sem Censura às 17 horas na Avenida Paulista - MASP

No dia 11 de abril de 2019 realizaremos nossas Plenárias, momento importante para o debate e fortalecimento da APROFFESP - Articule sua Região para participar!
PRÓXIMA REUNIÃO ORDINÁRIA DA DIRETORIA DIA  13/04  as 9 horas na Casa da Solidariedade - Rua Gravi, 60 Metro Praça da Árvore

terça-feira, 5 de março de 2019

Neste 08 de março reivindicamos sororidade e fraternidade por equidade de gênero e respeito à diversidade!

A APROFFESP tem se pronunciado denunciando e exigindo providências por parte das autoridades para o combate à violência contra as mulheres e pela imediata implementação de políticas públicas que gataram o cumprimento das leis Maria da Penha e Lei do Feminicídio. Neste 08 de março de 2019 estaremos na luta de mãos dadas com as demais entidades que lutam contra a desigualdade de gênero em defesa de uma sociedade igualitária. 

Nós professoras e professores, filósofas e filósofos manifestamos nosso total repúdio ao índice alarmante de casos de feminicídio registrados pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: 50.000 mulheres foram mortas no país entre 2001 e 2011, o que dá uma média de 4,6 assassinatos para cada cem mil habitantes. O Brasil se coloca na sétima posição mundial, entre os países nos quais mais se matam mulheres. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública o Estado de São Paulo registra um caso de feminicídio a cada 4 dias, o que nos coloca diante da necessidade urgente de um amplo debate e de uma atuação mais eficaz na fiscalização quanto a aplicabilidade da Lei nº 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, e da Lei nº 13.104/15 que entrou em vigor no dia 9 de março de 2015 definindo o crime de Feminicídio (assassinato de mulheres motivado justamente por sua condição de mulher) qualificando-o como hediondo.

Neste 08 de março reivindicamos sororidade e fraternidade
por equidade de gênero e respeito à diversidade!

“Basta uma crise política, econômica e religiosa, para que os direitos das mulheres sejam questionados”. (Simone de Beauvoir)

          Neste 08 de março de 2019, Dia Internacional da Mulher, nos juntamos uma vez mais às mulheres de todo o mundo num abraço sorórico em defesa da igualdade de gênero e do respeito à diversidade. Hoje sabemos que a luta por igualdade vai além da “utopia de um mundo fraterno”, visto que fraternidade (aliança ou entre irmãos) não garante lugar para nós mulheres, fazendo-se necessário um novo paradigma de sororidade (aliança entre irmãs) para que juntas possamos assumir nosso protagonismo e então, lado a lado com aqueles que comungam dos mesmos ideais de igualdade, marcharmos rumo à construção de um outro modelo de sociedade.

          Sororidade para nós significa aliança firmada entre mulheres, baseada na empatia, irmandade e companheirismo. Estranhamente a palavra não existe na língua portuguesa, oficialmente. No dicionário, a que mais se aproxima seria a palavra fraternidade, advinda do termo latino frater (irmão), que significa tanto solidariedade de irmãos como harmonia entre os homens. Já do termo latino soror (irmã), nenhuma palavra se originou, o que nos sugere o primeiro questionamento sobre o lugar subalterno do feminino na construção histórica da sociedade brasileira. O lapso no léxico de nossa língua, e certamente de outras, revela isso!

          No campo filosófico no qual nos inserimos são evidentes as marcas de séculos da cultura patriarcal e machista que usurparam de nós o lugar de fala na construção e difusão do pensamento crítico filosófico, nos desafiando hoje ao debate franco, fraterno e sorórico com todas e todos que se espantam diante da necessidade de combater “ideias conservadoras” que emergem dos porões da história patriarcal, apregoando a desigualdade de gênero, como se a humanidade fosse dual e passiva de classificação nas cores “azul e rosa” e não se configurasse num arco íris de diversidades, com uma gama imensurável de representações.

          Juliana Pacheco, em Filósofas: a presença das mulheres na filosofia (2016), nos oferece um rico itinerário que possibilita aprofundar o estudo sobre a presença das mulheres na História da Filosofia, desde a Idade Antiga até a Contemporânea. Hipátia, Aspásia, Safo de Lesbos, Hildegarda de Bingen, Olympe de Gouges, Lou Andreas-Salomé, Hannah Arendt, Simone de Beauvoir, Susan Sontag, Graciela Hierro, Angela Davis, Judith Butler, são exemplos citados pela autora de empoderamento feminino seguidos por tantas outras mulheres que ousam protagonizar suas próprias histórias, no campo filosófico e nas demais áreas do conhecimento. Não podemos esquecer da interlocutora de Sócrates no Diálogo de Platão – O banquete - a figura marcante de Diotima.

          Se é fato que os últimos anos registraram grandes avanços quanto a igualdade de gênero, é verdade também que aumenta de forma inadmissível os índices de violência contra as mulheres. No âmbito privado continuam ocorrendo os crimes de violência doméstica, espaço que Hannah Arendt define como sendo das necessidades e da privação: “A esfera privada não é o espaço da intimidade e da privacidade, mas o das necessidades e da privação, ou seja, aqueles hierarquicamente considerados inferiores são privados da relação com os outros pela palavra e pela ação na construção e nas decisões concernentes ao mundo comum, isto é, à existência política.” Na esfera pública avançam as políticas sexistas embasadas no conservadorismo e no fundamentalismo religioso colocando em risco a eficácia de leis de proteção como a Lei Maria da Penha; é tamanho o retrocesso e a irresponsabilidade de agentes públicos que o governador do estado de São Paulo João Dória vetou o funcionamento 24 horas das poucas delegacias da mulher que existem no Estado, ignorando os alarmantes índices de violência que em grande parte dos casos tem resultado em feminicídio. É um absurdo!  

          Nessa perspectiva, Marilena Chauí concebe a violência contra as mulheres como consequência de uma ideologia que define a condição “feminina” como inferior à condição “masculina”, desembocando em desigualdades hierárquicas que se impõem por meio de discursos masculinos sobre a mulher, os quais se direcionam, também, ao corpo da mulher. O discurso masculino sobre o corpo feminino define a feminilidade através da capacidade da mulher reproduzir. Naturaliza a condição “feminina” que se manifesta na maternidade, bem como na ideia de corpo frágil (ou sexo frágil), construindo os alicerces para a diferenciação entre papéis femininos e masculinos, papéis esses que propiciam desigualdades hierárquicas entre homens e mulheres.  

          Combater a desigualdade e lutar por equidade de gênero é lutar contra o conservadorismo patriarcal, contra o falso moralismo em defesa da vida e da dignidade humana ameaçadas pela atual política do “desgoverno federal”. É lutar contra a reforma da Previdência que atingirá principalmente as mulheres trabalhadoras. Neste 08 de março lembramos a mensagem de Ivone Gebara de que precisamos ir além da defesa do feminismo, devemos “sensibilizar e conscientizar a sociedade não apenas para a causa da dignidade feminina, mas para as necessárias mudanças estruturais que possibilitem uma nova relação entre as pessoas”.

          Também neste 08 de março lembramos o brutal assassinato de Marielle Franco que irá completar um ano no próximo dia 14/03, sem que quase nada foi elucidado do crime. Pedimos justiça para Marielle, o motorista Anderson e para todas as mulheres vítimas de violência e feminicídio! Pedimos justiça também para todos os homens, jovens e crianças que perecem sob a mira das armas, tanto dos bandidos como de policiais despreparados e treinados segundo uma lógica militar perversa e geradora de mais violência ainda. O estado não pode continuar omisso e muitos de seus agentes de segurança protegendo milicianos e assassinos. Basta!
         
“M A R I E L L E vive!”
Lúcia Peixoto, Presidenta da APROFFESP


segunda-feira, 4 de março de 2019

CONVITE: Reunião Ordinária da Diretoria da Aproffesp dia 09/03/19




ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES/AS  DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS/AS  DO ESTADO DE SÃO PAULO



CONVITE: Reunião Ordinária da Diretoria da Aproffesp dia 09/03 às 10 horas na rua Gravi, 60 - Praça da Árvore - SP. Todas as associadas e associados estão convidados a participar. 

 A pauta principal será a organização das Plenárias Regionais do dia 11/04 
-  Estamos encaminhando solicitação para Abono de Ponto Junto à Secretária de Educação. 
- Aguardando confirmação do Local (Câmara Municipal de São Paulo) para realização da Plenária Estadual. 

As reuniões ordinárias da DIRETORIA DA APROFFESP acontecem todos os 2º sábados de cada mês às 10 horas na Casa da Solidariedade.

São Paulo, 04 de março de 2019

DIRETORIA DA APROFFESP

         
         




  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...