quarta-feira, 15 de maio de 2019

DIA 15 DE MAIO A AULA SERÁ NA RUA: 14hs, no MASP


A APROFFESP E A APROFFIB se unem às demais entidades na convocação  para luta conjunta neste dia 15/05 (quarta-feira) às 14h00 no MASP contra a maldita reforma da previdência e os desmandos com a Educação Pública praticados pelo governo Bolsonaro e o governo Dória. Não podemos aceitar esta reforma da previdência, repudiamos os ataques contra a educação a desvalorização das Ciências Humanas e a exclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia.   
TODAS AS ESCOLAS FECHADAS,  DIA 15 DE MAIO A AULA SERÁ NA RUA!

Manifesto das Associações de Filosofia – APROFFIB, APROFFESP e ASPEFIL contra as declarações do ministro da educação Abraham Weintraub, inimigo da educação!



Desde que senhor Abraham Weintraub assumiu o Ministério da Educação, no começo do mês de abril, inúmeros ataques foram desferidos àquela que deveria ser a prioridade em qualquer governo democrático: a educação pública.

Sem dúvida, os ataques começaram a partir de 2016 com a exclusão da Filosofia e da Sociologia, duas disciplinas que sempre foram alvo dos governos que são contra a liberdade de expressão do pensamento e não aceitam qualquer crítica. Suprimir essas duas matérias do ensino médio é roubar dos educandos o direito de pensar de forma autônoma, é negar o debate e o respeito à pluralidade de ideias e de valores dos estudantes.

Temos notado que, a partir da posse do atual presidente Jair Bolsonaro, os ataques à educação aumentaram, desta vez não apenas à Filosofia e à Sociologia, mas também às Ciências Humanas, às universidades públicas e aos professores em geral, rotulados de “doutrinadores” pelo presidente e seus seguidores fanatizados. As declarações impensadas do presidente nas redes sociais demonstram claramente que o investimento na educação não é primazia nesse governo. E o ataque à educação pública é um claro indício de que seu interesse é promover a iniciativa privada em detrimento do investimento público.

Com a destituição do ministro Ricardo Vélez após suas inúmeras trapalhadas, o senhor Abraham Weintraub assumiu a pasta da educação alegando que iria governar para a população ou, como declarou nos meios de comunicação, em favor do “cidadão pagador de impostos”; essa declaração já demonstra que o atual ministro da educação governará mais para as elites do que para os menos favorecidos. Suas declarações e suas posturas em menos de um mês na direção do MEC demonstram que o MEC seguirá as diretrizes da política neoliberal, sem a preocupação em diminuir as desigualdades sociais e exclusões culturais as quais, como sabemos, só uma educação de qualidade é capaz de transpor.

Estupefatos, visualizamos um MEC que se afasta cada vez mais do planejamento e aplicação dos fundos públicos para a garantia dos direitos sociais e um governo cujo projeto norteador é a destruição dos direitos que foram democraticamente conquistados em gestões anteriores com muita luta dos educadores e da sociedade em geral. Não podemos aceitar esse retrocesso que representa a perda dos direitos duramente conquistados! Percebemos que desde 2016 a educação no Brasil deixou de ser prioridade do governo federal. Em 2018, ainda sobre a gestão de Michel Temer, houve uma redução orçamentária brusca de bilhões na educação. Tal redução não foi suficiente para Bolsonaro, uma vez que novas reduções, novos cortes ou “contingenciamentos”, não apenas para as universidades públicas, mas também para a educação fundamental, são noticiados quase todos os dias nos meios de comunicação.   

Parece-nos que, tanto o senhor quanto o atual presidente, expressam repulsa e desprezo pelo conhecimento e o senso crítico dos cidadãos, principalmente dos jovens. Ambos demonstram que não medirão esforços para no sentido de silenciar a Filosofia e a Sociologia, como também depreciar as Ciências Humanas e sucatear as universidades públicas, uma vez que estas áreas, como vocês mesmos alegam em redes sociais, não fazem jus ao dinheiro do contribuinte, pois só promovem “balbúrdia”! Tais declaração revelam que os senhores ignoram o papel relevante das universidades públicas no avanço da pesquisa em todas as áreas, bem como a independência tecnológica do país. Por isso, questionamos tais posicionamentos ao assumir o Ministério da Educação, cuja importância para o desenvolvimento do Brasil é essencial.

Tendo em vista o exposto, nós professores/as de Filosofia não iremos nos calar, pois temos a convicção de que a educação e todas as áreas do conhecimento precisam ser defendidas, reafirmadas e ampliadas sempre mais, pois são instrumentos de resistência, transformação e promoção dos trabalhadores na sua luta histórica contra a ignorância, a dominação e a exploração.

 São Paulo, 13 de maio de 2019.

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