APRENDIZADOS COM A PANDEMIA
1. Um dos desafios é conversar com o silêncio, porque ele é muito sincero e não é fácil encará-lo de frente.
2. Que a Ciência, o poder político dos homens e a pretensão em ser o centro do Universo, revelou-se muito frágil diante de um vírus feroz e mortal.
3. A Pandemia apenas escancarou a insuficiência do Sistema Público de Saúde, a precariedade do papel do Estado em relação às Políticas Públicas essenciais, especialmente diante das desigualdades sociais que penalizam os mais pobres.
4. Nesse contexto do isolamento social e do distanciamento, tivemos que reaprender a arte da convivência, tanto o espaço privado como na arena pública. Nesse sentido, fomos forçados a pensar melhor na condição do outro, vendo-o como um de nós mesmos.
5. Diante da impossibilidade de sairmos de casa e a qualquer custo, além dos membros da família, uma das companhias que nos encheram de afeto foram os animais de estimação, que tiveram a percepção de que os humanos, em sua extrema carência, mais do que nunca, estavam precisando de seu amor incondicional, porque eles não são bons por conveniência.
6. Daqui para frente, depois de levarmos esse baque, que prioridades iremos eleger? Muitas delas que cultivávamos revelaram-se insuficientes como fontes de felicidade verdadeira: a ignorância ao invés do conhecimento, o consumismo, o egoísmo, valorizar mais a aparência do que a essência, o culto da vaidade extrema, a falta de empatia, o desprezo à coisa pública e o pouco cuidado com a natureza.
7. A dimensão da crise Econômica, Política, Ética e do Sistema de Saúde, mostraram claramente o esgotamento do Sistema Capitalista de Produção e a necessidade de se inventar outras formas de vida coletiva, que não tenha como tripé: o lucro, através da especulação no mercado financeiro, da ganância e da concentração de renda.
8. Diante desse quadro, o que queremos ser, agora, e o que estamos plantando, principalmente na Educação dessa geração, inclusive nos valendo das novas tecnologias, das habilidades e competências, em vista de um mundo melhor também para as futuras, está sendo o adequado perante as exigências para uma Nova Realidade Mundial?
9. Outra coisa que a Pandemia nos coloca é a necessidade de um novo paradigma, que leve em conta: parafraseando Edgar Morin, uma visão holística, um pensamento que considera a complexidade, a consciência de que somos seres planetários, em que temos que conviver com certezas provisórias e seguir adiante nos trilhos da incerteza.
10. Por fim, temos uma certeza, filosofando com Heráclito de Éfeso: a mudança é a única coisa certa.
Ivo Lima dos Santos, Diretor da Aproffesp
Professor de Filosofia e Escritor
Autor dos livros: Para agir com sabedoria
A direção da Vida
Pensar bem, viver melhor
E-mail: ivodos@yahoo.com.br
Site: www.ivolimasantos.com.br
2. Que a Ciência, o poder político dos homens e a pretensão em ser o centro do Universo, revelou-se muito frágil diante de um vírus feroz e mortal.
3. A Pandemia apenas escancarou a insuficiência do Sistema Público de Saúde, a precariedade do papel do Estado em relação às Políticas Públicas essenciais, especialmente diante das desigualdades sociais que penalizam os mais pobres.
4. Nesse contexto do isolamento social e do distanciamento, tivemos que reaprender a arte da convivência, tanto o espaço privado como na arena pública. Nesse sentido, fomos forçados a pensar melhor na condição do outro, vendo-o como um de nós mesmos.
5. Diante da impossibilidade de sairmos de casa e a qualquer custo, além dos membros da família, uma das companhias que nos encheram de afeto foram os animais de estimação, que tiveram a percepção de que os humanos, em sua extrema carência, mais do que nunca, estavam precisando de seu amor incondicional, porque eles não são bons por conveniência.
6. Daqui para frente, depois de levarmos esse baque, que prioridades iremos eleger? Muitas delas que cultivávamos revelaram-se insuficientes como fontes de felicidade verdadeira: a ignorância ao invés do conhecimento, o consumismo, o egoísmo, valorizar mais a aparência do que a essência, o culto da vaidade extrema, a falta de empatia, o desprezo à coisa pública e o pouco cuidado com a natureza.
7. A dimensão da crise Econômica, Política, Ética e do Sistema de Saúde, mostraram claramente o esgotamento do Sistema Capitalista de Produção e a necessidade de se inventar outras formas de vida coletiva, que não tenha como tripé: o lucro, através da especulação no mercado financeiro, da ganância e da concentração de renda.
8. Diante desse quadro, o que queremos ser, agora, e o que estamos plantando, principalmente na Educação dessa geração, inclusive nos valendo das novas tecnologias, das habilidades e competências, em vista de um mundo melhor também para as futuras, está sendo o adequado perante as exigências para uma Nova Realidade Mundial?
9. Outra coisa que a Pandemia nos coloca é a necessidade de um novo paradigma, que leve em conta: parafraseando Edgar Morin, uma visão holística, um pensamento que considera a complexidade, a consciência de que somos seres planetários, em que temos que conviver com certezas provisórias e seguir adiante nos trilhos da incerteza.
10. Por fim, temos uma certeza, filosofando com Heráclito de Éfeso: a mudança é a única coisa certa.
Ivo Lima dos Santos, Diretor da Aproffesp
Professor de Filosofia e Escritor
Autor dos livros: Para agir com sabedoria
A direção da Vida
Pensar bem, viver melhor
E-mail: ivodos@yahoo.com.br
Site: www.ivolimasantos.com.br
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