sexta-feira, 20 de março de 2020

APROFFESP: Vamos filosofar de casa!

A APROFFESP reforça o pedido para que ninguém saia de casa sem que seja extremamente necessário. "Se a gente parar, o vírus não vai circular.!"

Vamos combater esse vírus de casa. Ás atividades presenciais da APROFFESP ficam suspensas. Acompanhem nossas redes sociais e ajudem a alimentar nossas páginas nos enviando textos, indicação de leituras, etc.



Importante observar as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde ), manter o "isolamento social", ser solidário(a) aos grupos de risco.

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:folha-informativa-novo-coronavirus-2019-ncov&Itemid=875

quinta-feira, 5 de março de 2020

Rosa de Luxemburgo, Presente!

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.” (Rosa Luxemburgo)

      O Pensamento de Rosa de Luxemburgo, nascida em Zamosc, Polônia, região então pertencente ao Império Russo, no dia 5 de março de 1871 se mantém atual, nestes tempos sombrios "de fortalecimento do populismo e de crises na representação partidária, é necessária sua crítica sobre a concepção dos partidos políticos como uma vanguarda centralizada e distante da base que tem como objetivo dirigir as massas."

        A vida e a obra da filósofa Rosa Luxemburgo é marcada pela práxis, unidade entre pensamento e ação, teoria e prática, conhecimento científico e compromisso com a luta dos oprimidos. Crítica feroz à burocracia que dominava os partidos alemães no contexto na qual estava inserida, militou em favor da espontaneidade e emancipação da classe trabalhadora. Admirada e reivindicada como símbolo por socialistas e comunistas até hoje, foi radical sem ser extremista. Sua vida foi marcada pelo antimilitarismo, pela crítica às guerras e pela defesa de teses contra o autoritarismo praticado pela esquerda. Para Luxemburgo, democracia e revolução, ou democracia e socialismo, eram inseparáveis. 

      Rosa de Luxemburgo, foi assassinada em Berlim, capital da Alemanha, em retaliação a suas contribuições para a luta revolucionária da esquerda em 15 de janeiro de 1919. A tentativa de sufocar as ideias transformadoras da maior pensadora marxista do século 20 foi em vão: o legado dela ecoa ao longo da história e permanece atual.




CONHEÇA MAIS SOBRE: 



A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO PENSAR NO ENSINO FUNDAMENTAL


Maria Terezinha Corrêa

        O fundamento de uma sociedade humana é a educação. Por meio dela é que se constrói o indivíduo e o cidadão consciente de seus deveres. E para uma república democrática é necessário desenvolver não apenas, uma educação moral e cívica, mas também, uma educação crítica, em que a partir das virtudes desperta-se o comportamento ético e reflexivo para o exercício da cidadania. Contudo, quando começar o ensino do Pensar?

       Na Legislação da Educação Nacional brasileira sob o número 9.394 de 20 de dezembro de 1996, no Art. 32, incisos III e IV estabelece conteúdos que diz respeito “a atitudes e valores”, bem como “o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de respeito recíproco em que se assenta a vida social”, o que reforça a presença da disciplina de Filosofia, não só tratada como tema transversal, mas sim, como conteúdo específico trabalhado por profissionais da área. No entanto, na grade curricular escolar esses conteúdos só são apresentados para os jovens brasileiros, na maioria das escolas públicas do território nacional, na última etapa da Educação básica, ou seja, no Ensino Médio, que determina, conforme o Art. 35, inciso III “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Com a Lei Nº 11.684 de 02/06/2008 e a Lei 13.415 de 2017 o ensino de Filosofia como disciplina na educação básica tornou-se obrigatória, mas ainda está ausente em várias escolas.

      O desenvolvimento do Pensar exige tempo para filosofar, e consequentemente, esse tempo deve ser iniciado desde a infância, em que o ensino de Filosofia busca tratar do homem integral. Daí, a importância do desenvolvimento do Pensar desde a infância, pelo menos no Ciclo II ou séries finais do Ensino Fundamental, porque enriquece o entendimento da linguagem formal, necessária para a produção textual, tanto em Filosofia quanto em outras disciplinas científicas, haja vista que, geralmente, as crianças e os adolescentes têm mais contato com os textos narrativos. Assim, o filosofar promove o autoconhecimento, debates sobre a realidade em que vivemos,  transmitir as ciências da prudência, do senso de justiça, do pudor, ou seja, “virtude da civilidade” em idade escolar.

       O legado que recebemos da Grécia Clássica foi a democracia, em que o cidadão para participar da republica era educado como homem virtuoso. Essa concepção foi defendia desde tempo de Sócrates, Platão e Aristóteles, pilares do Conhecimento Ocidental até os nossos dias. Montesquieu, Rousseau e tantos outros filósofos modernos e contemporâneos concebiam a educação como essencial para o desenvolvimento de uma sociedade justa, igualitária e democrática.
Portanto, o desenvolvimento do Pensar na educação escolar deveria ter um tempo que integrasse melhor as várias formas de aprender a ser, a conhecer, a fazer e a conviver, como experiência da realidade em que se vive. A escola é um local que circula o conhecimento e deve incentivar as crianças e os jovens a superar o senso comum, tornando as aulas uma “oficina de conceitos” como afirma Deleuze e Guattari (1992) em que todos ao investigar aprendem a filosofar, a dialogar, a buscar o sentido da vida, do conhecimento, da felicidade. Para garantir uma educação do Pensar aos estudantes brasileiros, resta as autoridades competentes exercer uma política comprometida com sociedade emancipadora.

Maria Terezinha Corrêa, graduada em Filosofia pela UFJF, mestre em Antropologia pela USP, pedagoga pela UNITINS, especialista em Ensino de Filosofia pela UFSCar, associada a APEOESP, a ABA e a SPBC.

Referência bibliográfica:
BRASIL. Lei e Diretrizes de Base da Educação Nacional, Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado, 1996.
BRASIL. Lei Nº 13.415 de maio de 2017. Brasília: Senado, 2017.
BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio. Volume 3. Secretaria de Educação básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação básica, 2006.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 1997.
PLATÃO. Protágoras. Disponível em HTTP://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&zco_obra=6705. Acesso em 19 jul 2013. Tradução Luiza Christov.





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

24 DE FEVEREIRO: "DIA DA CONQUISTA DO VOTO FEMININO NO BRASIL"

LUGAR DE MULHER É NO LAR, O LAR DA MULHER É ONDE ELA ESTIVER!

“O lar é a base e a mulher estará sempre integrada ao lar. Mas o lar não se limita ao espaço de quatro paredes. O lar é também a escola, a fábrica, o escritório, O lar é principalmente o parlamento, onde as leis que regulam a família e a sociedade humana são elaboradas.”
 Berta Lutz

        Hoje, dia 24 de fevereiro celebramos o "Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil". A data comemorativa foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher eleita e reeleita para chefe máximo do executivo brasileiro. O “Golpe de 2016” que afastou de forma vergonhosa a presidenta democraticamente eleita, para fazer emergir arcaicos paradigmas que durante séculos sustentaram o patriarcado e as mais cruéis formas de opressão e discriminação contra a mulher, nos faz, mulheres e homens nos mover em defesa do óbvio. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” para fazer cumprir o Art. 5º da Constituição Federal.

       Mais que fazer memória das pioneiras da luta sufragista o presente texto quer homenagear de forma póstuma todas às mulheres vitimadas pela violência, às que se tornaram mais um número nos prontuários policiais e as anônimas que sequer figuram nos tristes índices de feminicídios registrados no Brasil. O Golpe não foi só para usurpar a cadeira presidencial, os algozes de paletó e togas e algumas saias engomadas (mulheres a serviço dos interesses da classe dominante, contra os valores feministas) ostentam discursos de teor “moralista” exaltando princípios antidemocráticos contra as políticas de proteção e promoção da Igualdade, inviabilizado a implementação de leis como a Lei Maria da Penha e Lei do Feminicídio e mais, promovem o “Estado de exceção” permitindo a impunidade até mesmo em casos de repercussão mundial como o assassinato da Vereadora Marielle Franco, até hoje envolto numa “nevoa de fumaça”, para não revelar os mandatários do crime. 

       Mais que pelo direito de votar e ser votadas, nossa luta hoje é por justiça em defesa da vida!

       Berta Lutz, Izabel de Souza Matos, Isabel Dillon, Josefina Álvares de Azevedo, Leolinda Daltro, Celina Guimarães Vianna, Mietta Santiago, Alzira Soriano, Marielle Franco, Claudia, Dandara... Presente!
Lúcia Peixoto, Professora, Presidenta da APROFFESP, Conselheira da Subsede da Apeoesp de  Franco da Rocha, militante do Psol e da Direção Nacional da Intersindical 





Saiba mais sobre a luta sufragista: 



sábado, 22 de fevereiro de 2020

MINISTRO ABRAHAM WEINTRAUB: FORA INIMIGO DA EDUCAÇÃO!








     Abraham Weintraub, desde que assumiu o Ministério da Educação, em abril do ano passado, substituindo o conservador e trapalhão Ricardo Velez, inúmeros ataques foram desferidos àquela que deveria ser a prioridade em qualquer governo democrático: a educação pública. Sem dúvida, os ataques começaram a partir de 2016, no governo Temer, que culminou com a aprovação da Lei 13.415/17, a do tal “novo ensino médio”, que descaracteriza as disciplinas, principalmente da área das Ciências Humanas, em particular, a Filosofia e a Sociologia.
         Com a posse do presidente Jair Bolsonaro, os ataques à educação aumentaram, desta vez não apenas à Filosofia e à Sociologia, mas também à pesquisa científica, às universidades públicas e aos professores em geral, rotulados de “doutrinadores” e “preguiçosos” pelo presidente, seu ministro da educação e seus seguidores fanatizados. As declarações desrespeitosas do presidente nas redes sociais demonstram claramente que o investimento na educação não é primazia nesse governo, mas sim abrir caminho para as empresas privadas de educação em detrimento do investimento público.
       As constantes declarações e a postura do atual ministro Abraham Weintraub, além de envergonhar os que se dedicam à educação, demonstram que o MEC seguirá as diretrizes da política neoliberal, sem a preocupação em diminuir as desigualdades sociais e exclusões culturais as quais, como sabemos, só uma educação de qualidade é capaz de transpor.
         Estupefatos, visualizamos um MEC que se afasta cada vez mais do planejamento e aplicação dos fundos públicos para a garantia dos direitos sociais e um governo cujo projeto norteador é a destruição dos direitos que foram democraticamente conquistados em gestões anteriores com muita luta dos educadores e da sociedade em geral. As reduções orçamentárias que se iniciaram no governo Temer agora são acrescidas de cortes e “contingenciamentos”, não apenas para as universidades públicas, mas também para a educação fundamental, enquanto o ministro dá uma de péssimo humorista com brincadeiras cínicas com aqueles que o criticam. Além de incompetente, é mau caráter. Basta citar as falhas ocorridas na aplicação do último ENEM. Uma balbúrdia e desorganização total!
        Na esteira dos interesses privatistas na área da educação, temos agora um exemplo gravíssimo, pois o responsável pela escolha dos livros didáticos para as primeiras sérias do ensino fundamental, senhor Carlos Nadalim nomeou uma equipe cujos membros não são revelados ao público, mas que sabemos têm relação com grupos conservadores ligados ao “guru” e pseudo filósofo Olavo de Carvalho, atualmente residente nos EUA. Sabemos também que muitas pequenas editoras conservadoras estão prontas e ansiosas para realizar a dica expressa pelo presidente Bolsonaro: “Vamos nós mesmos produzir os livros, pois os atuais são um amontoado com muita coisa escrita e que precisaria ser suavizado...” (declaração dada à imprensa em 03/01/2020). O que o presidente quer dizer com o verbo “suavizar”? Bem, pelas posições de seu ministro Weintraub, já podemos imaginar o desastre que pode vir por aí! Nem falemos de seus erros de português.
       Além desses retrocessos todos e ataques à educação pública e aos educadores, há também o perigo da não renovação do FUNDEB, criado pela Emenda Constitucional n° 53/2006em 2006 e regulamentado pela Lei Federal n° 11.494/2007, que vincula a distribuição dos investimentos em educação às receitas de impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios; além dessas receitas serem garantidas para todos os alunos matriculados, também se destina ao Piso Salarial Nacional dos Professores. Essas conquistas, pois, estão correndo sério perigo na atual conjuntura cujos governos de um modo geral atacam os serviços públicos, alinhados que estão com a sanha privatista que campeia; e o ministro Weintraub é um de seus representantes.
        Tendo em vista o exposto, nós professores/as de Filosofia não iremos nos calar, pois temos a convicção de que a educação e todas as áreas do conhecimento precisam ser defendidas, reafirmadas e ampliadas sempre mais, pois são instrumentos de resistência, transformação e promoção dos trabalhadores na sua luta histórica contra a ignorância, a dominação e a exploração. Para combater esse retrocesso no ministério da educação, nós da APROFFESP e da APROFFIB declaramos:

“Fora Abraham Weintraub: inimigo da educação”!
São Paulo, 22 de fevereiro de 2020.
Associação de Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo
A P R O F F E S P-
         Associação dos/as Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Brasil                         
- A P R O F F I B -



































A FILOSOFIA TOMA PARTIDO: Contra a Reforma da Previdência e o confisco de 14% do Dória

O projeto do governador Dória é ainda mais cruel que o texto aprovado no Congresso Nacional. Para garantir a aprovação, a base do governo na Assembleia Legislativa, votou em primeiro turno a "toque de caixa" sem o devido debate, com acordos espúrios a portas fechadas.

Convocamos às professoras e professores a paralisarem as escolas, dialogar com a comunidade, chamar o conjunto do funcionalismo, pais, alunos e demais usuários. Não podemos aceitar esse ataque aos nossos direitos, no DIA 03 DE MARÇO, dia marcado para retomar a pauta e votar em segundo turno vamos realizar um GRANDIOSO ATO UNIFICADO ÀS 14 HORAS NA ALESP.

Lutar por condições dignas de trabalho, pelo direito à aposentadoria é lutar por serviços públicos de qualidade.

Confirme presença  ajude na Mobilização: https://www.facebook.com/events/205610437462676/



PRINCIPAIS MUDANÇAS:

A PEC 18, que estabelece a reforma da previdência paulista, e o PLC 80, que detalha a proposta, aumentam o tempo de serviço e o valor da contribuição, reduzem os benefícios pagos a aposentados e pensionistas, e praticamente eliminam o adicional pago aos aposentados que continuarem trabalhando. A proposta também altera os salários dos servidores de “vencimentos” para “subsídios”, o que eliminaria qualquer benefício ou adicional que eles tenham direito a receber. Para aprovar a PEC, Doria precisa do apoio de três quintos dos deputados estaduais, ou 57 dos 94 parlamentares.

Ainda de acordo com a proposta, a alíquota de contribuição obrigatória dos servidores ao regime de aposentadorias será elevada de 11% para 14%

Saiba mais: https://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2020/02/doria-reforma-previdencia-paulista/

  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...