sábado, 18 de maio de 2013

Lançamento da revista da APROFFESP

Não percam o lançamento da revista da APROFFESP, o lançamento dessa revista ficará na historia da filosofia brasileira. Leia o editorial abaixo:
25 de maio de 2013 às 16:00 horas, na casa da Solidariedade (Rua Gravi, nº 60, Praça da Árvore, São Paulo)


EDITORIAL

Caro leitor, com o lançamento da revista “FILOSOFIA em transformação”, promovido pela APROFFESP (Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo), os estudiosos de filosofia passarão a ter nova opção de leitura. Nossos objetivos dizem respeito não somente ao discurso acadêmico acerca da filosofia, mas acima de tudo um espaço para que todos os professores, filósofos, sociólogos, historiadores, geógrafos, pesquisadores e também as pessoas ligadas à educação e à reflexão crítica sobre a sociedade, tenham um espaço democrático que visa acima de tudo socializar conhecimentos e práticas. Nossa proposta é de um novo modelo de revista, que dará oportunidades de publicação a pessoas que não encontram espaço ou não se ajustam às políticas editoriais e conteúdos de outras revistas. 
Este espaço é dedicado àqueles que desejam colaborar para uma reflexão crítica sobre a sociedade em geral e sobre a realidade dos professores e professoras de filosofia em particular. Nossa revista foi criada pela necessidade percebida entre os professores de filosofia de um locus  democrático que permita reflexões sobre a práxis educativa de nossos dias, seja no que diz respeito à didática, seja em relação à política e à conjuntura educacional em nosso país e no mundo. 
Para isso, a revista “FILOSOFIA em transformação” propiciará um espaço para registrar e socializar aulas elaboradas por professores e professoras de filosofia, para além de sua edição periódica, que abordará temas específicos que visarão contextualizar e subsidiar a nossa prática pedagógica, afim de que possamos juntos responder às demandas educacionais e sociais, como filósofos e professores (as) de filosofia. 
Em nossas edições periódicas será privilegiada a produção de professores e professoras que estão “no chão da escola” e podem contribuir com nossas reflexões acerca da prática e da didática da filosofia na educação escolar e na sociedade. 
A princípio os temas abordados na revista “FILOSOFIA em transformação” tratarão de diversos assuntos como: política, economia, educação, comportamento, etc. A linha editorial será aberta a debates sobre gênero, etnia, liberdades individuais e coletivas, etc; trazendo sempre a contribuição da tradição filosófica para nossas discussões. 
Nesta edição especial de lançamento, abordamos a luta das mulheres na sociedade, privilegiando a participação destas que cotidianamente guerreiam na busca de seus espaços na sociedade, combatendo todo o machismo ainda presente em nossa cultura. 
Abordaremos também a luta histórica para a reintrodução da filosofia como disciplina obrigatória no Ensino Médio, que culminou com a aprovação da Lei Federal N°11.684/08. Foi uma grande vitória, mas precisamos ficar alertas para os constantes ataques daqueles que não perdem nenhuma oportunidade para retirar a Filosofia do currículo. 
Esperamos que os professores façam uma boa leitura e que se apropriem deste instrumento de luta, de enriquecimento pedagógico, pessoal e coletivo.
DIRETORIA DA APROFFESP

domingo, 12 de maio de 2013

Subsídio para a realização das reuniões regionais da APROFFESP


Subsídio para a realização das reuniões regionais da APROFFESP que serão realizadas no dia 16 de maio de 2013. Para o encaminhamento dos demais documentos é necessário informar local, horário, coordenador (a) regional ou responsável para receber e assinar os certificados, para que não haja extravio de documentos oficiais da entidade.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O que é política

“A política constitui um aspecto universal e difuso do comportamento humano e que ocorre sempre que dois ou mais seres humanos estejam engajados em alguma atividade coletiva, quer seja formal ou informal”. 

(Adrian Leftwich) 

Filosofar sobre política significa pensar além do vaivém cotidiano das opiniões políticas, mas também cabe dizer que a filosofia política precisa manter os pés firmados no solo das questões, movimentos e debates contemporâneos. Em certo sentido, é essa conexão com acontecimentos que estão ocorrendo e o desejo de entender o movimento constante das dunas de nossa vida coletiva que coloca a política na filosofia política. 

É importante, portanto, nos darmos conta de que a filosofia política, ainda que interlocução com os clássicos, é, e precisa ser também, uma troca de ideias com a nossa própria época, nossa situação presente e nosso próprio meio político 

Filósofos políticos contemporâneos relacionam novas questões e definições antigas, colocam conceitos antigos sob a luz de novos problemas, criam novos conceitos para novos problemas e fazem muito mais ainda. 

Podemos afirmar que refletir sobre a relação entre “verdades (alegadamente) eternas da vida política” e a “vida política de verdades (que podem ser ou não ) eternas” é fundamentalmente o que fazemos quando nos dedicamos à filosofia política. Em resumo, a filosofia política constitui-se em negociação entre as exigências (muitas vezes conflitantes) de filosofar sobre a vida política e de politizar essas próprias exigências filosóficas. 

Mackenzie, Iain. Política. Conceitos-cheve em Filosofia. Porto Alegre: Artmed, 2011, p. 10-11.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vida urbana

“De lugar relativamente seguro, contudo, a cidade tem sido associada, principalmente nos últimos cento e poucos anos, mais ao perigo que à proteção”. 

(Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, Tempos Líquidos, p. 77) 

A população brasileira está vivendo cada vez mais nos grandes centros urbanos. 

É um fenômeno que impressiona, uma vez que há uma mistura de muita gente, sonhos, abundâncias e carências. 

Nas grandes aglomerações urbanas, as pessoas trombam nas ruas; o trânsito caótico está cada dia mais abarrotado de veículos. É um buzinaço para todos os lados, porque falta espaço, e o clima é sempre de muita tensão: a pressa pede passagem, o estresse ocupa um lugar de destaque e os compromissos diários sofrem com as consequências dessa situação. 

Não tem dia, não tem hora, trafegar pelas ruas das cidades grandes é um exercício de paciência, desgaste e um desejo ardente de sumir do mapa desse caos a céu aberto. 

Diante dessa realidade, o que fazer? Para onde correr? A quem recorrer? Quais são as alternativas que temos para concretizar soluções viáveis? 

No trânsito, tentam-se resolver os problemas que estão atormentando o transporte coletivo, sem deixar de se preocupar com os congestionamentos de veículos, que deixam os condutores com os nervos à flor da pele e aí qualquer motivo é justificativa para se atear fogo nesse circo armado no terreno da vida urbana. 

Entre outros problemas, destaca-se a rotina da violência no trânsito, que vai desde as loucuras teimosas que combinam bebida, volante, velocidade, ignorância, à lentidão e o volume de investimentos muito aquém das necessidades que o caos do trânsito requer. 

Na luta por um lugar ao sol, vale qualquer sacrifício para estudar, se qualificar, para enfrentar o mundo do trabalho, a lógica que sustenta o mercado, a briga com o paradigma da Sociedade Capitalista, a sedução do consumismo, a busca ávida pelo lucro e a perpetuação desse sistema, apesar das crises que assolam muitos países pelo mundo afora. 

No palco das lutas, sofrem mais aquelas pessoas que têm apenas migalhas do direito à moradia; na saúde, o mais frequente é implorar por atendimento, quando não se morre na espera das longas filas que não permitem que o socorro chegue a tempo; na educação, oferecida para as classes populares, prima-se pela quantidade e finge-se investir na qualidade. Apesar das lutas históricas travadas pelos trabalhadores em educação, não se implementam políticas públicas que, de fato, mudem o rumo dessa situação educacional. Na maioria dos discursos, o professor ora é visto como herói, um profissional abnegado, capaz de fazer enormes sacrifícios em seu trabalho, ora é visto como um vilão e o grande culpado pelo quadro que se encontra a educação. Reclama-se que os professores falta muito e por isso as escolas ficam sem aulas. Há professores que faltam por diversas razões, principalmente por problemas de saúde, mas não se pode atribuir isso à categoria como um todo. O que falta, na verdade, são professores de várias disciplinas para ministrar aulas, já que a profissão é cada vez mais desvalorizada por baixos salários, más condições de trabalho, a violência que bota medo, falta de um novo estatuto do magistério e de concurso público, proposta de privatização do IAMSP, divisão dos professores não titulares em várias categorias com poucos direitos trabalhistas, etc. Diante disso, muitos educadores estão desistindo por não aguentarem o tranco dessa triste realidade nas escolas púbicas. 

E, para encurtar a prosa, fica este recado: mesmo em meio a esta dura realidade em que vive a população nos grandes centros urbanos, mas não só, somos o país do futebol, do carnaval e do jeitinho. No ano de 2014, o país sediará a Copa do Mundo e em 2016, as Olimpíadas... Afinal de contas, somos a sétima economia do mundo. 

Diante desse cenário, a pergunta que não quer calar: o que é preciso fazer para que os cidadãos comuns, principalmente aqueles que mais sofrem, possam se beneficiar com essa posição que o Brasil ocupa no ranking da economia mundial? 



Ivo Lima 

Professor de Filosofia e Escritor 

Autor dos livros: O recheio que faltava em sua vida 

A direção da vida 

Membro da Associação de professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo – APROFFESP 

E-mail: ivolimasantos@yahoo.com.br 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nota de apoio à greve dos professores

No dia 19 de abril de 2013 os professores do Estado de São Paulo decidem em Assembleia Estadual, na Av. Paulista, às 14 h, se continuam em greve ou não.
Fica evidente o descaso do governo estadual para com os educadores, desrespeitando a leinº 11.738/2008, da jornada de trabalho, dividindo os profissionais em educação em subcategorias; a não abertura de novos concursos e não resolvendo o problema da falta de professores nas escolas. Tudo isso é um profundo desrespeito para com os alunos, professores e a sociedade em geral. É nesse momento que os professores devem se unir para fazer valer sua força, união e organização, conquistando direitos como consta da pauta de reivindicação historicamente secundarizada pelos sucessivos governos. Assim sendo, os professores, nesse momento, devem mostrar ao governo do Estado que a nossa categoria é unida e não admite ser desrespeitada, principalmente em seus direitos garantidos por lei. Não é mais possível aceitar as péssimas condições de trabalho a que somos submetidos nas escolas, em que o professor é desvalorizado e desrespeitado, e ainda é responsabilizado pelo governo e a grande mídia como o principal culpado pela má qualidade da educação. 
Neste sentido e por tudo isso, a APROFFESP vem apoiar e juntar-se à luta da categoria sofrida, desvalorizada e desrespeitada dos professores de nosso Estado. Neste momento os professores devem deixar claro ao governador e à sociedade que não aceitam migalhas, como o abono salarial, o qual deveria ser incorporado ao nosso salário e não ser distribuído como dádiva aos “competentes”, sem critérios objetivos e transparentes de avaliação.
Pela reposição das perdas salariais, pelo fim da escravidão da “categoria O”, pelo cumprimento da jornada da lei do piso, em defesa do IAMSP, por um novo estatuto do magistério e por concurso público Já.
Somente unidos é possível vencer!

A P R O F F E S P
(Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo)

sábado, 13 de abril de 2013

UNESP abre cursos gratuitos

A Unesp Aberta é um ambiente de aprendizagem on-line e gratuito que oferece a oportunidade de formação e aperfeiçoamento em diversas áreas do conhecimento para pessoas com acesso a Internet no Brasil e no mundo. É uma iniciativa da Reitoria da Unesp (no âmbito das Pró-Reitorias de Graduação, Pós-Graduação e Extensão), juntamente com o Núcleo de Educação a Distância (NEaD/Unesp), que passa a disponibilizar gratuitamente os recursos pedagógicos digitais desenvolvidos para os cursos da Universidade. São cursos livres, sem assessoria pedagógica (tutoria), avaliação e certificação.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Aprovada Moção de apoio à luta contra o racismo e o preconceito racial.

Aprovada Moção de apoio à luta contra o racismo e o preconceito racial.

21 de março dia de denunciar o racismo. O dia 21 de março foi instituído como o dia internacional contra a discriminação racial.

Em um mundo mergulhado em profunda crise econômica, não sem tem dúvida que essa questão tende a avançar.

Na Europa cresce a intolerância aos imigrantes provindos da áfrica, oriente médio, Ásia e América Latina. No caso do nosso país, Brasil, temos a mais sofisticada sociedade racista do planeta, onde a juventude negra é assassinada, encarcerada por uma forma de estado que só se faz presente como aparelho repressivo, exemplo, as UPPs nas favelas do rio de janeiro, os assassinatos nas periferias de São Paulo em maio de 2006 e o massacre do Pinheirinho em São José do campo, em janeiro de 2012.

Por isso, nós da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, reunidos neste encontro regional, no dia 21 de março de 2013, destacamos a importância dessa data como simbólica para reforçarmos as discussões de denúncia contra uma sociedade estruturada no preconceito racial.

Foi ainda aprovado uma menção em memória a João Alexandre da Silva, que neste dia 21 completaria 104 anos, filho de Alexandre de Melo (escravizado) e Pai do Professor Aparecido Alexandre, militante da APEOESP, daAPROFFESP e do movimento negro.

Encontro regional de professores de filosofia e filósofos em S. B.Campo.21/03/2013

  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...