domingo, 30 de dezembro de 2012

Minha vida é andar por esse País...



No dia 13 de dezembro passado, comemoramos o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, o rei do Baião. Nesse dia tenho lembrança do terço de Santa Luzia, pois minha mãe rezava religiosamente esse terço todos os anos pagando uma promessa que fez por ocasião de um acidente no olho do meu irmão Valter que estava trabalhando na roça, e, sem condições efetivas de ir ao médico, a população pobre sempre recorria a fé e aos ditos milagres. 

Nesse natal ganhei de presente de Minha filha dois livros sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga e sobre o Gonzaguinha, “seu filho”. 

Conclui a leitura do Livro, A vida do Viajante: A saga de Luiz Gonzaga, escrito por Dominique Dreyfus, publicado pela editora 34 Ltda. Foi um deleite essa leitura, rica em detalhes e de narrativa fluente. O livro de certa forma conta a trajetória do povo sofrido da região e de Luiz Gonzaga, filho de Santana e do velho Januário e dos demais irmãos e irmãs que ao longo de suas vidas foram determinantes na trajetória musical do garoto que rompeu os laços familiares ainda precocemente, serviu o exército em Fortaleza, buscou a fama no Rio de janeiro mais nunca esqueceu suas raízes e o cantar do povo do nordeste. 

Foi vítima do preconceito e do racismo incrustado na cultura nordestina, assim como em grande parte do nosso País. Foi migrante que cantou como ninguém as mazelas sociais perpetradas historicamente pelo regime e governos que sempre os defendeu ao longo de sua existência. Foi um pai acolhedor, pois, mesmo sabendo no seu íntimo que o Gonzaguinha ao que tudo indica não era seu filho legítimo, não o descriminou. Foi um homem obstinado pela superação do estado de miséria que cantou e enfrentou durante parte de sua vida, sempre temperado com uma vida de fartos amores e conflitos conjugais. 

As suas caravanas pelo Brasil divulgando suas canções e obras, era uma profissão de crença no seu povo,pois além da divulgação fazia o enfrentamento ao poder das grandes gravadoras, além de inovação no seu marketing em busca da consolidação de um reinado conquistado as duras penas, agora consagrado por pessoas simples e por toda sociedade brasileira com destaque até em nível internacional. 

Sua trajetória foi pontuada de altos e baixos, de acordo com o contexto político e musical de determinados momentos da música brasileira. Os compositores renomados como Humberto Teixeira e Zé Dantas, bem como Patativa do Assaré e outros contribuíram fortemente para o sucesso e conquista do mercado, a partir do conteúdo que as musicas expressavam. 

O livro é uma viagem na História, pois relata as secas do nordeste, menciona Padre Cícero, retrata a figura corajosa de Lampião, discorre sobre o conflito das famílias em Exu, comenta de passagem sobre a coluna Prestes, repercute o governo de Getúlio Vargas, convive com Juscelino Kubistchek, e, com os militares sempre teve bom relacionamento, apesar de ser questionado sobre o conteúdo das musicas criticas de Gonzaguinha sobre o regime militar e a ditadura. 

A crônica “Homens, coisas e letras” de José Lins do Rêgo, citada na página 171 do referido livro, descreve com precisão sobre a importância e significado da Música de Luiz Gonzaga ao afirmar que: ”Gonzaga trouxe uma novidade à musica brasileira. Trouxe o sentimento melódico das extensões sertanejas, das léguas tiranas, das asas brancas, do gemer dos aboios.As tristezas dos violeiros se passaram para sua sanfona(...) Pode-se dizer que Gonzaga renovou com suas interpretações, com a sua forte personalidade de cantor, um meio que andava convencional, sem originalidade, banalizado por meia dúzia de bocós que vive a roer as heranças do genial Noel Rosa.O que nos prende ao cantar de Gonzaga, é o que nos arrebata em Noel, é a simplicidade da melodia, é a doce música que ele introduz nas palavras, a magia dos instrumentos, a candura de alma tranquila que se derrama nas canções.” 

Mesmo o opositor de outrora como Fernando Lobo foi obrigado a reconhecer que: “O baião atingiu todos os públicos: povinho, povão, classe média, classe alta. Os cassinos, que na época estavam abertos, tocavam Nat King Cole, Cole Porter e, de repente, um baião, com violino e tudo, e o público dançava”. 

O contexto do nascimento de Luiz Gonzaga era de grande seca e miséria vivida pelos seus pais. Foi nesse contexto que em 13 de Dezembro de 1912 na fazenda Caiçara nasceu o futuro Rei do baião, sendo batizado na Igreja Matriz de Exu em 05 de janeiro de 1913. 

O gosto e a influência musical foi passada pelo Velho Januário que era sanfoneiro e consertador de fole e sanfona. 

Com a leitura desse livro entendi um pouco mais o quanto a musica de Luiz Gonzaga é tão forte na minha família, haja vista que meus pais viveram no auge do sucesso de Gonzaga e certamente meus irmão foram embalados desde a mais apoucada idade com as melodias desse importante personagem que criaram identidade cultural e até as origens e raízes são as mesma, de seca, sofrimento e todo tipo e dificuldades. 

No ano em que nasci, Gonzaga gravou o “Xote das meninas”, além de outras musicas.Percebam que todo imaginário cultural musical e simbólico estava vinculado a personalidade e ao canto de Luiz Gonzaga. 

Lembro-me que nos finais de ano na casa da minha mãe aquelas músicas era um alento e servia de rememorização das dificuldades sofridas pelos nossos pais e pelos os irmãos mais velhos. Era uma música que doía fundo, como um reencontro com o pé de serra, com o mandacaru, com o juazeiro, com a missa dos vaqueiros, com a valentia de um povo que se tornou valente pelo simples desejo de viver e criar dignamente os filhos, e ao mesmo tempo cantaram, enfrentavam e viveram a “súplica cearense” e a “triste partida” deixando tudo pra trás. 

O sentimento era um misto de raiva, revolta, choro contido e consciência de que isso um dia vai ter que mudar. Então, as musicas de Luiz Gonzaga para o Nordestino ainda representa a “Asa Branca” que bateu asa e não retornou para reencontrar com a sua história, nem fez o acerto de conta com os que expulsaram de suas terras, pela indústria da seca e da miséria. Falta uma espécie de acerto de conta com os coronéis, com os governantes, com os mandatários do poder que confiscaram o direito a vida em sua terra natal ao homem do sertão. 

Hoje, mesmo com as condições de vida um pouco melhor em relação aquele universo, ainda existe um vazio, uma lacuna, um gemido dos nossos antepassados que foram vítimas dessa crueldade para com o homem simples dos rincões e sertanejos desse país. 

Portanto, a leitura desse livro nos remete a essa profunda reflexão em busca de nossa verdadeira identidade e construção de uma nação de iguais e não um país com farrapos simbólicos, numa espécie de “apátridas”. 

Embora não concordamos com sua postura política/ eleitoral, inegavelmente o velho “LULA” cantou a alegria e sofrimento de um povo e viveu sempre apaixonado por amores ocasionais do início ao fim da sua carreira artística. 

Mesmo adoentado tentou a separação de sua mulher para se casar com seu novo romance a Zuita, sendo demovido da ideia por pressões familiares. 

Mesmo no final da vida sempre estava tentando o novo e sempre estava com a agenda cheia de compromissos. Porém, em 02 de agosto de 1989, morre Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, aos 77 anos de idade. 

O livro ressalta toda a sua história e a reimpressão da terceira edição em 2012 no centenário de seu nascimento significa que sua influência ainda é significativamente grande no cenário musical brasileiro e como patrimônio histórico da cultura brasileira. 

Por último, o cantor e compositor Gilberto Gil ainda corrobora: “Eu, como discípulo e devoto apaixonado do grande mestre do Araripe, associo-me às eternas homenagens que a história continuamente prestará ao Nosso Rei do Baião”. 

Aldo Santos-Filho do Ceará, Coordenador da APEOESP-SBC, Presidente da Aproffesp e militante do Psol, 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Adiamento da vigência do acordo ortográfico


Marcos Magalhães e Gorette Brandão

Os brasileiros terão mais três anos para adaptar-se às novas normas da língua portuguesa. O adiamento, estabelecido por meio do Decreto 7875/2012, assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (28), contou com o apoio e o estímulo de senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

A implantação definitiva do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, firmado em 1990 por todos os países de expressão portuguesa, deveria ocorrer no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013, segundo decreto presidencial de 2008.

O novo decreto publicado nesta sexta-feira ampliou o período de transição até 31 de dezembro de 2015. Até lá, coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida por meio do acordo.

No final de novembro, os senadores Cyro Miranda (PSDB-GO) e Lídice da Mata (PSB-BA) levaram à ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, sua preocupação com o curto período até então existente para a implantação definitiva das novas normas ortográficas. Durante o encontro, a ministra disse não se opor à ampliação do período de transição estabelecido no acordo firmado pelos países de língua portuguesa.

Três meses antes, a senadora Ana Amélia (PP-RS) e o senador Cyro Miranda haviam apresentado um projeto de decreto legislativo (PDS 498/2012) destinado a ampliar o período de transição para seis anos – três a mais, portanto, do que o estabelecido por meio do novo decreto presidencial.

A partir da adoção definitiva pelo Brasil das normas estabelecidas pelo acordo, os concursos públicos e as provas escolares deverão cobrar o uso correto da nova ortografia. Documentos e publicações deverão também circular perfeitamente adaptados às novas regras.

A adequação dos livros didáticos começou em 2009, quando o acordo entrou em vigor e começou o período de transição. Na opinião da senadora Ana Amélia, no entanto, o prazo de adaptação foi curto.

“O assunto demanda maior tempo de maturação, bem como integração mais ampla com os demais países envolvidos”, diz a senadora na justificação da proposta.

A assessoria da senadora Ana Amélia (PP-RS) divulgou que, para ela, a prorrogação do prazo permite esclarecer as dúvidas sobre as novas regras, além de ampliar o debate e aprofundar o entendimento entre especialistas, educadores e estudantes. A senadora participou da definição do novo prazo, integrando o grupo interministerial formado por representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, da Educação e da Casa Civil.

De acordo com a parlamentar, ainda são inúmeras as dúvidas entre educadores e alunos.

- Com mais três anos de prazo, será possível ampliar o entendimento sobre os ajustes na língua portuguesa e implementar mudanças, se estas forem necessárias – afirmou.

A senadora alertou para a falta de participação de docentes na discussão. Ela também lembrou ter sido a autora, juntamente com o senador Cyro Miranda, de projeto de decreto legislativo que propôs o adiamento do início da reforma ortográfica em seis anos, o dobro do prazo previsto no decreto.

- Mas a importância do tema, especialmente por se tratar de um acordo internacional, exigiu um decreto presidencial - disse Ana Amélia.

A senadora ressaltou que todos os signatários do acordo adotaram períodos de transição mais longos. Em Portugal, por exemplo, o período de convivência entre as duas normas vai até 2015. Em Cabo Verde, o prazo só acabará em 2019.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Circular da reunião da diretoria da aproffesp


Reunião realizada em 21/12/2012 na Praça da Repúbica .

Nossa reunião aconteceu conforme pauta e agendamento.

Em relação ao encontro, o Professor Chico Gretter ficou de elaborar um documento de balanço sobre a realização do nosso 1° Encontro dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo.

Discutimos ainda que vamos iniciar a publicação dos resumos dos palestrantes que participaram do nosso encontro, além de viabilizarmos outras atividades que aconteceram no referido evento. Vamos criar um Link sobre textos, artigos, monografias e livros publicados pelos professores de Filosofia no Estado de São Paulo.

Foi debatido ainda que vamos solicitar uma nova reunião com o Secretário Adjunto de Educação João Palma para darmos continuidade ao debate já iniciado, bem como vamos encaminhar grande parte das propostas apresentadas nas nossas reuniões e no nosso encontro Estadual realizado em 06/07/12/2012.

Avaliamos ainda a necessidade de publicarmos a composição dos membros da diretoria provisória da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil. Vamos também elaborar um boletim para a atribuição de aula em 2013.

Em relação às resoluções do encontro vamos verificar junto ao Professor Hugo e José Carlos, após o merecido descanso, como viabilizarmos as resoluções desde o regimento interno até o que fazer com as notas taquigráficas.

Finalmente foi aprovado a realização da nossa primeira reunião em 2013, que será no dia 22 de janeiro de 2013, às 14 horas Rua Gravi, n° 60, na casa da Solidariedade na praça da árvore Capital. Essa reunião será aberta aos diretores e a professores de Filosofia.

SP, 23/12/2012

Diretoria

Aproffesp

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Psicólogos e Assistentes Sociais reivindicam implantaçãode equipe multidisciplinar nas escolas públicas de educação básica

Segundo uma das palestrantes, Raquel Guzzo, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP), a escola é a porta de entrada de todos os tipos de problema sociais, do bullying ao aliciamento de menores pelo tráfico, trazendo à tona as consequências das desigualdades sociais e empurrando o aluno das escolas públicas, muitas vezes, para a marginalidade.


A educação é um direito social, e que, portanto, necessita da implantação de políticas públicas que reúnam ao mesmo tempo, psicólogos e assistentes sociais e que orientem o educando para a sociedade, afirmou Maria Elisa dos Santos Braga, do Conselho Federal de Serviço Social.

Categoria Profissional de Psicólogos

Raquel Guzzo reivindicou ainda a criação da Carreira de Psicólogo para a Rede Pública de Educação. A situação hoje desses profissionais na rede pública de ensino é relegada a trabalhar com uma situação de indefinição e salários baixos, já que muitos deles concorrem para a área de saúde, quando na verdade são direcionados para a da educação.

Participaram do debate Carlos Felipe Nunes Moreira, do Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro; Leovane Gregório, do Sindicato dos Professores do DF: Marilene Proença, da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional; Luis Antonio Gomes, vice-superintendente de Educação da Seicho-No-Ie do Brasil e Celso Francisco Tondin, do Conselho Federal de Psicologia.

Por sua vez, estiveram também presentes as deputadas Keiko Ota, Érica Kokay, Professora Dorinha Seabra Rezende e os deputados Paulo Rubem Santiago, Jean Wyllys, Stepan Nercessian, Izalci eTiririca.

Por Francy Borges

Assessora Imprensa da CEC

Fonte: 

Especialistas veem recuo do governo em destinar 10% do PIB para educação pública


O relatório do senador José Pimentel (PT-CE) sobre o projeto de lei que definirá o novo PNE (Plano Nacional para a Educação) representa um recuo do governo no compromisso de destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública nos próximos 10 anos, segundo especialistas ouvidos pelo UOL.

Para Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o texto proposto por Pimentel para as 20 metas do PNE (veja lista abaixo)é um "retrocesso" em relação ao projeto aprovado na Câmara dos Deputados, porque retira a obrigação de destinação exclusiva dos investimentos para a educação pública. "O texto abriu brechas para a transferência de recursos públicos para o setor privado, especialmente no ensino profissionalizante e no ensino superior", diz. "É uma grave deficiência, porque a prioridade deve ser a educação pública".

Segundo Luiz Araujo, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a retirada do termo "pública" no texto da Meta 20 pode reduzir o compromisso de investimento na educação pública para aproximadamente 8,5% do PIB. Isso porque o investimento público direto em educação representava 84% do valor total investido no setor até 2009 -- desde então, o MEC (Ministério da Educação) deixou de publicar os dois indicadores separadamente.

"Ao incluir o setor privado no cálculo, o governo promove um roubo de galinha, porque passa a contabilizar também os recursos gastos com bolsas de estudo e com o Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior]", afirma Araújo.

O senador José Pimentel defende a mudança e alega que o texto aprovado na Câmara não contempla parcerias com a iniciativa privada. "A Câmara trabalhou com a tese de um Plano Nacional de Educação pública, impedindo os avanços nas parcerias com a iniciativa privada. Um exemplo concreto é a participação do Sistema S, especialmente do Senai, na educação técnico-profissionalizante", disse Pimentel, por meio de nota. Ele não respondeu aos pedidos de entrevista até o fechamento desta matéria.

No relatório, o senador também exclui as metas de expansão de vagas públicas no ensino superior e no ensino técnico. Ao contrário da proposta aprovada na Câmara, o relatório de Pimental fala em "vagas gratuitas", o que inclui o bolsas e convênios com escolas e faculdades particulares.

O texto, apresentado nesta segunda-feira (10) na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, foi alvo de um pedido de vista coletivo, e deve ser votado na próxima terça-feira (18).
Meta intermediária

Outra crítica em relação à proposta de Pimentel é a retirada da meta intermediária de alcançar 7% do PIB em quatro anos – em 2011, o investimento público em educação foi de 5,3%. "Isso tira as condições de a população acompanhar o cumprimento das metas e atrapalha o próprio planejamento do governo", argumenta Daniel Cara. "Essas mudanças são surpreendentes porque se tratava de um consenso. Vamos tentar convencer o senador a mudar de ideia, se não, teremos de vencer no voto", complementa.

Luiz Araújo, por outro lado, não se mostra otimista e acredita que o senador tem o aval do governo. "Não acredito que o Pimentel faria uma alteração como essa sem o aval do Ministério. O problema é que o ministro [Aloísio Mercadante] não assumiu publicamente que pretende reduzir os 10% do PIB para a educação pública".
Recursos do pré-sal

Outra emenda proposta por Pimentel estabelece que todos os recursos provenientes das compensações pela exploração de recursos minerais e pelo uso dos recursos hídricos sejam destinado à educação. O texto, no entanto, não estabelece os percentuais destinados à área.

"O Congresso está fazendo um grande debate sobre a destinação dos royalties e essa discussão vai continuar nos próximos meses. Então, em vez de determinar percentuais, estabelecemos que lei específica tratará dessa vinculação", disse o senador, acrescentando que essa discussão se dará nos debates sobre a Medida Provisória 592, enviada pela presidente Dilma Rousseff para regular a exploração do petróleo da camada pré-sal.

Veja a seguir as 20 metas do PNE propostas no relatório do senador José Pimentel:

1. Educação Infantil: garantir vaga na escola pública para todas as crianças de 4 e 5 anos até 2016, e para 50% das crianças de até 3 anos até 2020.

2. Ensino Fundamental: universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos.

3. Ensino Médio: garantir atendimento escolar para todos os jovens de 15 a 17 anos até 2016.

4. Deficientes e superdotados: universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

5. Alfabetização: alfabetizar todas as crianças até, no máximo, 8 anos de idade; elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015; erradicar até 2020 o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

6. Tempo integral: oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

7. Qualidade na educação: Garantir a melhoria da qualidade da educação brasileira com a adoção de uma série de estratégias, como a criação de parâmetros mínimos de qualidade dos serviços de educação básica,

8. Escolaridade média: elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar o mínimo de 12 anos de estudo para a população do campo e para os 25% mais pobres; e igualar a escolaridade média entre negros e não negros.

9. Alfabetização de jovens: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até 2020, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

10. Educação profissional: oferecer o mínimo de 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

11. Educação profissional técnica de nível médio: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de vagas gratuitas na expansão.

12. Ensino superior: elevar a taxa de matrícula na educação superior para 33% da população de 18 a 24 anos. Em relação às faculdades particulares, a meta inclui a expansão da oferta de matrículas gratuitas em instituições particulares e a ampliação do financiamento estudantil.

13. Qualidade do ensino superior: elevar a atuação de mestres e doutores nas instituições para 75%, no mínimo, do corpo docente, sendo, do total, 35% de doutores.

14. Pós-graduação: elevar gradualmente o número de matrículas nos mestrados e doutorados, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores

15. Professores graduados: garantir que todos os professores da educação básica tenham formação continuada em nível superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de atuação.

16. Professores pós-graduados: garantir que, até o último ano de vigência do PNE, 80% dos professores que atuam na educação básica tenham concluído curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação.

17. Valorização do professor: equiparar o rendimento médio dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do PNE.

18. Plano de carreira: estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência desta PNE, 90% dos respectivos profissionais do magistério e 60% dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados;

19. Gestão: Garantir a gestão democrática na educação básica e superior pública. Estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais.

20. Financiamento: Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) ao final do decênio.

William Maia
Do UOL, em São Paulo
12/12/201206h00

Por obras da Copa, prefeito de Belo Horizonte vai ao STF pedir corte do orçamento de educação


O prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), por meio de sua assessoria, confirmou nesta sexta-feira (14) ter recorrido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender dispositivo da Lei Orgânica do Município que determina a aplicação de 30% do orçamento municipal em educação. 

No projeto 2378/2012, da Lei Orçamentária do município para 2013, enviado por Lacerda à Câmara Municipal de Belo Horizonte, a previsão é de uma receita da ordem de R$ 9,9 bilhões. Assim, caso consiga suspender a aplicação do dispositivo da Lei Orgânica, a Prefeitura da capital mineira deverá deixar de aplicar algo em torno de R$ 500 milhões em educação no próximo ano. 

Na ação cautelar, com pedido de liminar, o prefeito alega que, além de prejudicar os investimentos para a Copa do Mundo de 2014, a prefeitura pode ter as contas rejeitadas com a manutenção da regra. O Executivo de Belo Horizonte quer investir somente os 25% do orçamento, exigidos pela Constituição Brasileira. 

O processo foi distribuído ao ministro Dias Toffoli, relator de um recurso extraordinário da Prefeitura de Belo Horizonte, que tramita na corte, para tentar suspender a mesma lei. 
Histórico 

Há mais de duas décadas, 30% do orçamento do município é aplicado em educação na capital mineira. A Lei Orgânica de Belo Horizonte é de 21 de março de 1990. 

A Prefeitura de Belo Horizonte já havia entrado com uma ação nesse sentido no TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), no primeiro semestre deste ano, mas teve seu pedido negado. 

Na ação no STF, a prefeitura alega que, ao aumentar o percentual de investimento em educação, a Lei Orgânica de Belo Horizonte, além de ferir a Constituição, coloca uma base de cálculo específica para definir o valor anual. 

Ainda de acordo com a ação, com a manutenção do percentual de 30% investidos em educação, a cidade ficaria prejudicada. "Obstaculizando execução de projetos relacionados à mobilidade urbana (...) na imperativa agenda nacional para a Copa do Mundo de 2014". 

De acordo com a ação, há jurisprudência no Supremo negando mudanças que alteram o critério de apuração da cota. Na avaliação dos advogados da prefeitura, pela Lei Orgânica, a prefeitura seria obrigada a investir valores até 123% superiores aos que seriam o limite constitucional. Segundo a prefeitura, o investimento em educação representa mais do que 51% de sua arrecadação tributária. 

Carlos Eduardo Cherem
Do UOL, em Belo Horizonte
14/12/201214h44 Atualizada 14/12/201218h22

Defenda seus direitos - 210 modelos de carta para auxiliá-lo



Manual elaborado pela associação de consumidores Pró-Teste. São vários modelos de carta para auxiliar o cidadão. Clique no link abaixo e faça o download. 


Saiba o que faz a Assembleia Legislativa

O que faz a Assembleia Legislativa 
Como nasce uma lei
Berçário de Leis
Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude da lei. Desta forma, uma lei deve ser considerada uma regra a ser seguida, cumprida e respeitada por todos. Quem mostra o caminho a ser seguido no momento de criação de uma dessas regras é a Constituição.
Os Deputados, o Governador e em alguns casos o Tribunal de Justiça, o Procurador Geral de Justiça e os cidadãos, podem propor um projeto de lei. No caso de ser iniciativa popular há necessidade de se reunir assinaturas de 0,5% do eleitorado do Estado que representa hoje cerca de 110 mil eleitores de um total de 22 milhões, e encaminhar o projeto à Mesa da Assembleia.
Como um projeto de lei vira lei
Uma vez entregue à Mesa, o projeto de lei será lido no Expediente para conhecimento dos deputados e, depois, publicado no Diário da Assembleia, que é o Diário Oficial do Poder Legislativo. No prazo de dois dias, o projeto deverá ser incluído na Pauta para possível recebimento de emendas.
Ao final do prazo para permanência em Pauta, o projeto será encaminhado ao exame das Comissões, por despacho do presidente da Assembleia. Com os pareceres das Comissões, os projetos serão incluídos na Ordem do Dia para discussão e votação em Plenário.
Votado e aprovado na Assembleia, o projeto de lei será então remetido ao governador, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo. Somente após sancionado e promulgado, o projeto, publicado, torna-se lei estadual.
A tramitação nada mais é do que todo esse processo de encaminhamento de um projeto até que ele se torne lei.

As leis do Estado dentro da Federação
A Constituição Federal estabelece as atribuições da União, Estados e Municípios. As leis estaduais atuam até os limites físicos do Estado e, no caso de São Paulo, de seus 645 municípios. Uma lei estadual tem seu alcance delimitado pelas Constituições Federal e Estadual. Não é permitido ao Poder Legislativo estadual legislar sobre assuntos de competência exclusivamente federal ou municipal. Na verdade, no sistema federativo brasileiro, quando se repartiram as competências, sobraram aos Estados aquelas que não são da União nem dos Municípios (artigos 21, 22 e 30 da Constituição Federal): "São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal".
No decorrer do processo histórico, houve uma evidente restrição de competência do Legislativo, com hipertrofia do Executivo, assim como restringiram-se as matérias atribuídas às Assembleias Legislativas, fortalecendo-se o Congresso Nacional.
Para se ter uma visão do que pode o Estado-membro legislar na Federação brasileira deve-se observar que, além das remanescentes, a Constituição Federal especificou algumas competências:
1) Exclusivas:
  • criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microregiões;
  • criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios;
  • exploração dos serviços de gás canalizado.
2) Concorrentes:
  • direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
  • orçamento;
  • juntas comerciais;
  • custas dos serviços forenses;
  • produção e consumo;
  • florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
  • proteção ao patrimônio histórico, cultural, turístico e paisagístico;
  • responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
  • educação, cultura, ensino e desporto;
  • criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
  • procedimento em matéria processual;
  • previdência social, proteção e defesa da saúde;
  • assistência jurídica e defensoria pública;
  • proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
  • proteção à infância e à juventude;
  • organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
3) Comuns (artigo 23 da Constituição Federal):
  • "Artigo 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    I- zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
    II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
    IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
    V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
    VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
    IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
    X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
    XI - registrar, acompanhar, fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
    XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.Parágrafo Único- Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional."
Deve-se esclarecer, ainda, que os parágrafos 1°, 2°, 3° e 4° do artigo 24 da Constituição Federal dizem que:
  • "no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais;
  • a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados;
  • inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades;
  • a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário."
As leis na história
Leis que fizeram história
Polêmicas
Leis polêmicas despertam maior interesse do público e da mídia no processo de discussão e votação porque interferem diretamente no dia-a-dia do Estado e de seus cidadãos. Aqui estão algumas das mais polêmicas que tramitaram pela Casa nos últimos tempos: Lei do rodízio. Estabeleceu o rodízio de carros na região metropolitana de São Paulo, para diminuição do nível de poluição no ar. (L. 9690/97)
Privatização das energéticas (CESP, Eletropaulo e CPFL). Permitiu a desestatização de setores estratégicos para a economia do Estado. (L. 9361/96)
Orçamento das universidades. Aumento orçamentário para as universidades estaduais na lei de diretrizes orçamentárias.
Famosas
Uma das leis de grande discussão e votação polêmica na Assembleia Legislativa foi alei de privatização do Banespa. Ela foi proposta pelo governador Mário Covas (Executivo), em 1995, logo após a intervenção do Banco Central (governo federal) na administração do Banespa. Este projeto de lei foi discutido ampla e minuciosamente pelas Comissões de Constituição e Justiça, de Economia e Planejamento e de Finanças e Orçamento, antes de sofrer avaliação e votação em Plenário. 
Quando da votação, os partidos contrários à privatização do banco estadual tentaram obstruir a tramitação, e votaram contra o governo. No entanto, essa medida não foi suficiente para impedir a aprovação do texto final e, com a maioria necessária, o governo conseguiu aprovação em Plenário.
Ninguém esquece...
Um momento realmente marcante na história da vida legislativa da Assembleia foi o dia da votação do aumento salarial para os professores da rede estadual de ensino, em 1993. O Plenário estava lotado e os professores ocupavam as galerias para acompanhar a votação. Do lado de fora havia uma grande manifestação da APEOESP (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e da UDEMO (União dos Diretores do Magistério Oficial). Começou a chover e alguns manifestantes resolveram se proteger no hall de entrada da Assembleia. Minutos depois, os professores começaram a subir as escadas que davam acesso ao andar intermediário da galeria do Plenário e, na efervescência de ânimos, começaram a quebrar vidros e espelhos atrás do Plenário onde estava ocorrendo a sessão. No dia 21 de outubro, o Plenário foi ocupado e os professores partiram para o confronto com os deputados que estavam discutindo se haveria ou não aumento para a categoria. A partir daí muitos deputados foram para seus gabinetes, alguns enfrentaram os manifestantes e outros aderiram à reivindicação dos professores. A votação deste dia foi suspensa e o Plenário permaneceu ocupado por quatro dias.

O Legislativo e os outros poderes
Relação entre os poderes
Existe uma relação de harmonia e independência entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Num sistema de freios e contrapesos, o princípio da separação dos poderes busca limitar as competências para garantir a democracia, impedindo que um poder se sobreponha a outro.
A Constituição delimita o exercício do poder e fixa as competências dos poderes. Basicamente, ao Legislativo compete legislar e fiscalizar os atos do Executivo. Ao Executivo, praticar atos do governo e administrar a coisa pública. Ao Judiciário, com fundamento na ordem jurídica, compete solucionar conflitos de interesses.

Atribuição de aulas 2013: Consulte sua classificação


Consulte sua classificação para atribuição de aulas em 2013, clique no link abaixo

http://drhunet.edunet.sp.gov.br/PortalNet/login.aspx

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fotos do I Encontro de Professores

APROFFESP publica as fotos do I Encontro de Professor@s de Filosofia e Filósof@s do Estado de São Paulo que aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo nos dias 06 e 07 de dezembro de 2012 com a presença de professores de todo o Estado.

Clique no link para ver as fotos
http://aproffespslides.blogspot.com.br/

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Proposta de organização da Associação d@s Professor@s de Filosofia e Filósof@s do Brasil


O Coletivo Nacional de Filosofia foi fundado nos dias 22,23 e 24 de julho de 2007, no Palácio de Convenções do Anhembi, São Paulo, por ocasião da realização do1° Encontro Nacional sobre o Ensino de Filosofia e Sociologia no brasil.

Embora o seu surgimento tenha sido num momento marcante na estruturação organizacional dos filósofos no Brasil, as dificuldades foram muitas, haja vista a falta de empenho, compromisso e apoio por parte dos membros que aceitaram fazer parte desse coletivo. O documento que deu origem a formação do coletivo ainda está atualizado e deve servir de base para a nossa continuidade na luta pela nossa organização.

Em nível nacional além da reunião de fundação do nosso coletivo, ocorreu outra reunião em janeiro de 2008 no congresso da CNTE com representantes de vários estados que debateram vários pontos de pauta. Partes desses pontos foram acordados para serem publicados pela direção da CNTE, porém, depois romperam o acordo.

Nesse sentido, é preciso dar um passo a frente na organização e estruturação de uma entidade nacional para dar o devido suporte as entidades estaduais, como elemento de coesão das demandas nacional, relativas aos interesses dos professores de filosofia e filósofos brasileiros.

Nesse sentido propomos nesse encontro:

A) Compor uma coordenação com 7 efetivos e 4 suplentes para impulsionar a luta nacional para cumprir os objetivos de nossa organização, já traçados na formação do Coletivo Nacional de Filosofia.

B) Realização de uma plenária Nacional NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE de 2013, para debater e deliberar sobre:

1-Conjuntura Educacional BRASILEIRA;

2-Balanço da Situação do ensino da filosofia no Brasil;

3-Posicionamento sobre os projetos de filosofia que tramitam no Congresso Nacional;

4-Deliberar sobre Nossa união e organização dos professores de filosofia no Brasil: (Objetivos, Finalidade, Estatuto e Direção Nacional.)

A coordenação indicada nesse encontro deverá implementar ações no sentido de retomar os contatos com os educadores que se comprometeram com o CNF no encontro do Anhembi e outros(as), divulgar as deliberações,contatar outras entidades de caráter nacional, organizar a eleição da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Brasil. APROFFIB

Deve ainda OTIMIZAR as ferramentas desenvolvidas para a divulgação de nossa atividade, incorporar todos os documentos existentes desde o encontro do Anhembi como parte integrante do hiostórico da nova entidade a ser constituída.



Aldo Santos-Presidente da Aproffesp.



FOI MARCANTE O 1° ENCONTRO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Com a inscrição de mais de 350 professores (as) de filosofia, foi realizado nos dias 06/07/12/2012, na assembleia legislativa do Estado de São Paulo o 1° Encontro de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, com o lema: “A PRESENÇA NECESSÁRIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO”.

No início dos trabalhos aconteceu importante apresentação nominal dos presentes que com entusiasmo contribuíram com a abertura do nosso Encontro. Fizeram Saudação aos presentes um representante da Intersindical, o Deputado Carlos Gianazzi, um representante da ABEF e um observador do Pará. A Conlutas, assim como a Presidente da APEOESP foram convidados, porém não compareceram.

No dia 06, discutimos sobre análise da conjuntura educacional, aapresentação da histórica luta pelo retorno da filosofia no ensino médio como disciplina obrigatória, e a construção de uma nova proposta curricular de filosofia para o Estado de São Paulo. Após cada exposição, grande número de professores (as) fizeram considerações e propostas sobre o tema apresentado.

No dia 07, debatemos a filosofia e o seu caráter multidisciplinar, a ampliação da organização da filosofia no Estado de São Paulo e no Brasil,assistimos a atividade cultural com o professor Chico Gretter em Homenagem a Luiz Gonzaga, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado e Oscar Niemeyer, além da mesa sobre a organização dos professores de filosofia e filósofos no Estado de São Paulo e estruturação da Aproffesp. A última mesa foi sobre a apreciação de propostas remanescentes, moções e encerramento.

Durante a Fala do Professor Gianazzi, ele convidou os presentes para comparecer ao plenário onde fez o registro do nosso encontro, falou do nosso projeto “ que institui a filosofia no ensino fundamental”, e, de certa forma, demonstramos nosso irrestrito apoio a esse projeto de lei que tramita na Assembleia legislativa do Estado de São Paulo

As propostas aprovadas foram: 10% do PIB para a Educação já, autonomia dos professores, criação de GTs, posicionamento contra o PNE e Adequações estatutárias como a criação da Coordenação Regional da Aproffesp (CRA), Criação da Coordenação Estadual de Representantes da Aproffesp (CERA) e o formato da eleição. Foi aprovado também a constituição de uma comissão composta de 7 membros e 4 suplentes para viabilizar a ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL (APROFFIB), conforme documento distribuído em plenário.

As demais propostas serão sistematizadas e enviadas aos participantes do 1° Encontro, uma vez que foi gravado e será taquigrafado para posterior publicação.

Antes da conclusão dos debates foi distribuído questionário denominado de “Avaliação do Encontro e pesquisa de Perfil”, que após avaliação da direção poderá ser divulgado para o conjunto dos professores (as).

Por último, agradecemos a contribuição de toda diretoria, da diretoria de base, da comissão organizadora, do deputado Carlos Gianazzi que através do Assessor Luiz Ferreirinha não mediu esforços no apoio a realização de nossa atividade. Registramos ainda o nosso agradecimento especial ao conjunto dos professores (as) que de inúmeras cidades do Estado compareceram e deram sua significativa contribuição a nossa luta.

A palavra de ordem é: organizar para transformar/destruir o estado de barbárie inerente ao modo de produção capitalista.



ORGANIZAR É PRECISO!


Aldo Santos, - Ex-Vereador em SBC, Coordenador da APEOESP/SBC, Presidente da APROFFESP e militante do Psol.

Os números do Enade de novo apontam para a má qualidade do ensino superior brasileiro

O Estado de S.Paulo

Os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2011, que acabam de ser divulgados, de novo apontam para a má qualidade do ensino superior brasileiro. Segundo a avaliação, um terço das 2.136 faculdades, centros universitários e universidades avaliadas pelo MEC obteve nota 1 ou 2 no Índice Geral de Cursos (IGC), consideradas insuficientes pelas autoridades do setor. Em outras palavras, um em cada três cursos foi reprovado.

As notas vão de 1 a 6. Apenas 16 instituições alcançaram a nota máxima. Todas estão localizadas no Sudeste, a região mais desenvolvida do País. Entre as escolas públicas, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica - uma tradicional e respeitada escola de engenharia situada em São José dos Campos, no Vale do Paraíba - foi a mais bem classificada. Entre as particulares, a primeira da lista foi a Escola Brasileira de Economia e Finanças. A instituição existe há cerca de dez anos, tendo sido criada a partir da expansão da renomada Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas.

A nota de cada instituição no IGC, que é o medidor da qualidade do ensino superior no País, é calculada com base em três indicadores. Com um peso de 55%, o primeiro indicador é a pontuação dos formandos dos cursos de graduação avaliados pelo Enade. O segundo indicador, que tem um peso de 30%, corresponde à titulação dos professores e aos respectivos regimes de trabalho - parcial, turno completo ou tempo integral e dedicação exclusiva - a que estão submetidos. No Enade de 2011, o MEC alterou o valor da titulação - o quesito de professor com título de doutor perdeu peso e o quesito de docente com mestrado e dedicação integral aumentou. O terceiro indicador, que tem um peso de 15% na definição da nota do IGC, reflete a qualidade da infraestrutura e da organização didática e pedagógica de cada instituição.

Como ocorreu nos anos anteriores, assim que os números do Enade de 2011 foram divulgados o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que as instituições de ensino superior reprovadas serão punidas. As autoridades educacionais sempre ameaçaram de fechamento as faculdades, centros universitários e universidades sem qualidade, mas, na maioria dos casos, limitaram-se a reduzir o número de vagas e a extinguir alguns cursos. Desta vez, o MEC promete que as instituições reprovadas poderão ser proibidas de participar dos programas de financiamento estudantil mantidos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, como o ProUni e o Fies.

As punições administrativas são importantes para coibir abusos cometidos por faculdades criadas apenas para ganhar dinheiro. Mas a baixa classificação no IGC já é uma forma de censura pública dos cursos sem qualidade. É por isso que, para preservar sua imagem, algumas escolas recorrem a um expediente condenável, não inscrevendo nas provas do Enade os alunos mais despreparados. Como a inscrição dos estudantes é de responsabilidade dos coordenadores acadêmicos das instituições, eles só inscrevem os estudantes mais bem preparados. Essa é a forma encontrada por esses cursos para "maquiar" os resultados da avaliação.

"As instituições deixam de inscrever de propósito os alunos de menor rendimento", afirma o consultor jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, Gustavo Fagundes. Pelas regras do MEC, os cursos só podem ter 2% dos alunos não inscritos no Enade, sob pena de serem fechados. Mas, apesar de dispor dos dados do Censo da Educação Superior e de ter acesso ao sistema para ver o registro dos alunos, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - o órgão responsável pelo Enade - alega não ter condições de fazer esse controle. Já as faculdades acusadas de "maquiar" suas listas de candidatos afirmam que o Manual do Enade não as obriga a enviar, pelo correio, o número de inscrição e a data das provas.

Enquanto esse problema não for resolvido, o IGC permanece com sua legitimidade comprometida, pois não reflete a real situação do ensino superior.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Veja os Slides do I Encontro de Professor@s de Filosofia e Filósof@s do Estado de São Paulo

APROFFESP publica fotos do I Encontro de Professor@s de Filosofia e Filósof@s do Estado de São Paulo, que aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo nos dias 06 e 07 de dezembro de 2012.

sábado, 8 de dezembro de 2012

APROFFESP promove evento na Assembleia Legislativa

Em debate a contribuição da filosofia à dinâmica da sociedade e do ensino
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Carlos Giannazi participa dos debates do 1º Encontro de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo
O deputado Carlos Giannazi (PSOL), autor do Projeto de Lei 228/2012, que dispõe sobre a obrigatoriedade da reinserção do estudo da filosofia no currículo escolar do ensino fundamental, participou dos debates do 1º Encontro de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, realizado na Assembleia Legislativa, nos dias 6 e 7/12.
O parlamentar declarou que já acompanhava a movimentação e discussão do projeto desde seu primeiro mandato, em 2007, por acreditar em sua importância. Em sua argumentação pela validade do processo, o parlamentar já esclarecera que contava com o apoio dos profissionais da área e, para ele, a presença dos integrantes da entidade aqui na Casa vem fortalecer e reafirmar o intuito do PL. Giannazi já havia sido procurado, anteriormente, pela professora de História, Elisa Cristina Oliosi em ocasiões anteriores, quando ela defendeu a necessidade da criação de políticas que dessem suporte ao processo de inclusão da filosofia no currículo escolar.
Na visão do deputado, a ocorrência do atual encontro pode contribuir para o aperfeiçoamento do PL de sua autoria. "Para isso estamos abertos a sugestões, por entender que o projeto deve ser construído coletivamente", concluiu Giannazi.
"A filosofia contribui para um melhor acompanhamento, entendimento e discernimento não só de toda a sociedade, mas de todo o conteúdo do ensino", declarou a diretora da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo (Aproffesp), também coordenadora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Rita Diniz. Em entrevista com a professora Eliane Petrov, no dia 6/12, a filósofa disse acreditar que a reinserção da filosofia no currículo escolar é um ganho para toda a sociedade. Ela também considera o atual encontro como um avanço para toda a categoria da Aproffesp.
Para o diretor da Aproffesp, Antonio Celso de Oliveira, o debate da filosofia tem que ir além do ponto de vista cronológico, que tem a Grécia como berço. Ele declarou: "Há outras e novas perspectivas, como as visões da cultura africana e do mundo oriental".
Carlos Giannazi, Antonio Celso de Oliveira, Aldo dos Santos e Clodoaldo Andrade dos Reis
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Público presente
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1º Encontro de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo
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Material do I Encontro

Nesta terça-feira próxima, a coordenação da APROFFESP se reunirá para decidir acerca do material que será postado nos Blogs e no Youtube, pois, precisamos analisar as autorizações dos direitos de uso de imagem.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

I ENCONTRO DE PROFESSOR@S DE FILOSOFIA E FILÓSOF@S DO ESTADO DE SÃO PAULO

Acompanhe pelo blog da APROFFESP todas as informações acerca do I ENCONTRO DE PROFESSOR@S DE FILOSOFIA E FILÓSOF@S DO ESTADO DE SÃO PAULO, as informações são atualizadas constantemente.

Você também pode acompanhar o Encontro pelo Youtube, neste espaço você assiste as entrevistas do quadro "A palavra do professor" este quadro é tem como objetivo apresentar as ideias dos professores.



domingo, 2 de dezembro de 2012

Diário Oficial publica abono de ponto para os dias 06 e 07 de dezembro 2012 para o I Encontro Estadual da APROFFESP


DOCUMENTO: 1909/0001/2012
INTERESSADO: APROFFESP
ASSUNTO: Afastamento
Diante os elementos de instrução que constam dos autos, 
e atendidas as disposições do artigo 69 da Lei nº 10.261/68, 
autoriza, o afastamento dos Professores de Filosofia, para, no 
dia abaixo especificado, participarem das atividades promovidas 
pela Associação dos Professores da Filosofia e Filósofos do 
Estado de São Paulo:
6 e 7 de dezembro de 2012 – Encontro Estadual:
- Análise da conjuntura educacional no Estado de São Paulo;
- Por uma nova proposta pedagógica de filosofia para o 
Estado de São Paulo;
- Mesa sobre a organização nacional dos professores de 
filosofia, e
- Organização e estruturação da Associação dos Professores 
de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo.

Diário Oficial Poder Executivo - Seção I 

Terça-feira, 6 de novembro de 2012

  A verdade dos senhores da guerra e seus impérios O povo cubano, sob o comando dos revolucionários de Serra Maestra, se insurgiu contra o d...