quarta-feira, 21 de março de 2012

Ao Deputado estadual Carlos Giannazi.

ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Ao Deputado estadual Carlos Giannazi.
Considerando que a luta pela obrigatoriedade da filosofia no ensino médio brasileiro foi uma grande batalha e conquista dos professores organizados;
Considerando que a reflexão filosófica é fundamental em qualquer processo de ensino-aprendizagem;
Considerando que em várias unidades escolares privadas já estão ensinando filosofia no ensino fundamental com um ótimo nível de aproveitamento pedagógico;
Considerando que em reunião com o Secretário adjunto de educação do Estado de São Paulo, João Palma, o mesmo ficou sensibilizado com a essa reivindicação e admitiu a possibilidade de implementá-la no ensino fundamental,por enquanto em caráter optativo pelas unidades escolares;
Considerando que esse tema tem sido objeto de debate por parte dos professores que já lecionam no ensino médio e que nossa entidade em plenária aprovou que deveríamos encaminhar a comissão de educação da assembléia essa nossa reivindicação;
Vimos através desse solicitar que vossa excelência apresente um projeto de lei “instituindo a obrigatoriedade da filosofia no ensino fundamental no Estado de São Paulo”, bem como, outras proposituras pertinentes, para que avancemos ainda mais no processo de reflexão e transformação da Sociedade Brasileira.
Atenciosamente.
Executiva e Diretoria de Base da Associação dos Professores de Filosofia e

Filósofos do Estado de São Paulo.


Presidente. Aldo Santos;

Vice-presidente. Chico Gretter;

Secretário. José de Jesus;

Diretor de comunicação e propaganda: Cícero Rodrigues da Silva;

Tesoureiro: Anizio Batista de Oliveira;

Diretor de políticas pedagógicas: Antonio Celso de Oliveira;

Diretor de relações institucionais: Rita Leite Diniz.


Alan Aparecido Gonçalves, Professor em SBC;

Chirlei Bernardo do Nascimento, Professora em Guarulhos;

Gilmar Soares de Oliveira, Professor em Santo André;

Celso Augusto Torrano, Professor em Osasco;

Marcelo Henrrique P. Naves, da Z.Norte- Capital;

Jairo de Sousa Melore, Professor em Mongaguá;

Edson Genaro Maciel, Licenciado em Filosofia, Araçatuba;

Fernando Borges Correia Filho, professor em Taubaté;

Carlos Rocha, Licenciado em Filosofia Hortolândia-Campinas;

Alexandre dos Santos Yamazaki, professor na Lapa-capital;

Sady Carlos de Souza, Professor em Rio Pequeno;

Anderson Grange, Professor em Jundiaí;

Marco Aurélio P. Maida, professor em Suzano

Um comentário:

  1. Parabéns aos que fazem a APROFFESP. A luta pela introdução da filosofia no currículo escolar é por demais significativa. Até hoje o ensino é mais voltado para a produção, mantendo-se o estudante marginalizado pela ignorância política. A filosofia como saber é um instrumento de libertação do ser humano. Não há como iniciar o processo de liberdade de um povo sem ter por base o conhecimento.

    Eu sou o autor de O Cordel do Mito da Caverna postado neste blog. E vejo o mesmo como uma lição de educação política esclarecedora. O escravo que foi lá fora da caverna, conheceu o mundo real, criou conceitos de liberdade ao ver pássaros e animais deslocando-se livremente, esse sim, conseguiu se libertar, definitivamente, enquanto os demais que continuaram na ignorância fizeram questão de permanecer como escravos. O saber e a ignorância são, portanto, respectivamente, instrumentos de libertação e escravidão.

    Por falta de lições como essa, as cavernas estão por aí. As sombras que foram substituídas pelo mundo encantador mostrado pelos meios de comunicação, continuam com seu poder de alienação cada vez mais forte. Os que escrevem a história e levam para os bancos escolares são os mesmos que mantêm a poder e o processo de acumulação do capital. Dissimulam a democracia que não incomoda, escondem do povo as causas verdadeiras da violência, da criminalidade, da traficância, da corrupção, do assistencialismo permanente, enfim, de todas as excrescências sociais. Não mostram que a desigualdade social cria os “seres supremos” e os seres inferiores, o opressor e o oprimido, o explorador e o explorado, o prepotente e o humilhado e a incompatibilidade da harmonia e a inviabilidade da construção de um mundo, numa palavra: justo.

    Mas, isso vai acontecer, no que pesem todas suas implicações. Nós viemos do comunismo primitivo, passamos pelo escravismo e feudalismo, atingimos o capitalismo e, certamente, haveremos de romper com ele. O seu fim é inevitável. Se ainda não foi rompido, é por conta de colaboradores de esquerda que, no poder, conseguem evitar o seu caos; de retardar o seu desmoronamento.

    No entanto, com a introdução da filosofia no ensino da juventude, esse retardamento será neutralizado. Muitos Sócrates e Paulo Freire haverão de surgir, trazendo em uma mão a marreta para destruição desse sistema miserável, e na outra uma pá para construção do mundo que sonhamos.

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